"Vai trabalhar malandro"

Um em cada cinco trabalhadores com baixa médica, no ano passado, estavam aptos para trabalhar, revela o Ministério da Segurança Social. Segundo afirmou o gabinete da secretária de Estado Cláudia Joaquim à TSF, em 2016 houve um reforço da ação das juntas médicas da Segurança Social, incluído no plano de combate à fraude e evasão das contribuições e prestações.


Assim, foram convocados para ações de verificação 21 mil trabalhadores com baixa médica, a receberem subsídio por doença. Cerca de 16% não compareceu por já ter regressado ao trabalho ou apresentado justificação.

A inspeção extraordinária teve como alvo os trabalhadores que há 40 ou mais dias não eram sujeitos a qualquer exame por parte do Serviço de Verificação de Incapacidades Temporárias – que avalia o grau de incapacidade do trabalhador.

Entre os 17.518 beneficiários do subsídio de doença avaliados, 21% – cerca de 3.735 trabalhadores – foram considerados capazes de trabalhar, pelo que deixaram de receber o subsídio, destaca a TSF.

Este número aumenta para 56 mil se forem consideradas todas as avaliações que ocorreram em 2016. Das 262 mil inspeções realizadas, concluiu-se que 22% dos trabalhadores com baixa médica estariam aptos para o trabalho.

O reforço das fiscalizações é uma das prioridades do Governo para o futuro, tendo em conta que o número de baixas por doença tem vindo a aumentar nos últimos anos – e, consequentemente, os gastos do Estado em subsídios e apoios às famílias.

Desde 2009 que não havia tantas pessoas de baixa médica, quase 600 mil, o que levou o Estado a pagar mais de 450 milhões de euros em subsídios.

ZAP //

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