Reunião Extraordinária da Proteção Civil

O Ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, presidiu esta manhã à reunião extraordinária da Comissão Nacional de Proteção Civil, que decorreu na sede da Autoridade Nacional de Proteção Civil, para analisar as medidas desencadeadas na sequência da Declaração de Situação de Alerta, para o período compreendido entre os dias 2 e 6 de agosto.


No decorrer desta reunião de trabalho, o Comandante Operacional Nacional da ANPC, Duarte Costa, fez o balanço prévio da situação operacional, considerando que o pré-posicionamento das forças nas zonas de maior risco de incêndio florestal e o reforço da monitorização e vigilância através da GNR, PSP, Forças Armadas e Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas têm permitido responder de forma eficaz às ocorrências verificadas.

A Comissão Nacional de Proteção Civil é o órgão de coordenação em matéria de Proteção Civil, que reúne todas as entidades que intervêm no sistema de proteção civil.

Todo o dispositivo, incluindo os corpos de bombeiros, está pré-posicionado na sua força máxima e com capacidade de intervenção imediata. A PSP reforçou a vigilância e fiscalização com 51 equipas e a GNR tem no terreno cerca de 6 mil militares empenhados. A presença das Forças Armadas também foi reforçada com mais 19 patrulhas em área críticas, num total de 76 equipas mobilizadas. O dispositivo implementado, na sequência da Declaração de Situação de Alerta, decidida pelo Ministro da Administração Interna, incluiu também um forte empenhamento de máquinas de rasto em apoio às missões de prevenção e combate.

Apesar do quadro meteorológico e do elevado risco de incêndio, não havia esta manhã registo de ocorrências expressivas em curso. De 28 de julho até hoje, apenas quatro incêndios rurais passaram à fase de ataque ampliado, o que significa que, até ao momento, o sistema tem respondido com grande eficácia, desde logo, no ataque inicial às ocorrências registadas.


De realçar a importância das missões de monitorização que têm sido realizadas pelos aviões de reconhecimento, designadamente no Algarve e no Alentejo, fundamentais para a tomada de decisões quanto ao posicionamento dos meios.

Comparando os valores de 2018 com o histórico dos últimos 10 anos, até ao dia de ontem regista-se uma redução de 36% do número de ocorrências e menos 85% da área ardida. É o terceiro valor mais reduzido em número de ocorrências e o valor mais reduzido de área ardida, da média do último decénio.

Segundo informações do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), o dia de ontem foi o segundo mais quente, no território continental, desde que há registos. Ainda ao nível dos valores da temperatura, 15% das estações meteorológicas do IPMA registaram ontem os níveis mais elevados de sempre.

O Instituto Nacional de Emergência Médica reforçou os meios nos Centros de Orientação de Doentes Urgentes. Devido à deterioração da qualidade do ar, a Agência Portuguesa do Ambiente está a trabalhar em estreita colaboração com a Direção Geral de Saúde.


A Associação Nacional de Municípios Portugueses e a Liga dos Bombeiros Portugueses manifestaram também o empenho total dos autarcas e dos bombeiros voluntários neste esforço coletivo para fazer face à situação de alerta.

O Governo, através do Ministro da Administração Interna, continua a acompanhar a situação em permanência e tomará as medidas que se revelem necessárias para acautelar a segurança das populações.




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