AIREV recebe receita da venda de novo livro de Eugénio Silva

Depois de dois livros sobre a história da Real Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vizela e do "Vizela, Desenvolvimento e Antagonismos Políticos: As Disputas Autonómicas da Regeneração à República" e "As Bandeiras de Vizela", o historiador Eugénio Carvalho Silva apresenta esta manhã nos estúdios da Rádio Vizela um novo livro com tiragem de cem exemplares cuja receita de venda reverte a favor da nova sede da AIREV e no qual aborda a Vizela dos anos 60/70 com especial ênfase para a revolta dos jovens mais humildes de Vizela daquela altura (caso do falecido Luís Madureira, Zeca Monteiro, Daniel Ribeiro, António Mendes, Mário Pacheco, Berto Faria...) que por não terem fato, gravata e estatuto social não podiam entrar nos bailes chiques do Casino Peninsular. Então fizeram uma invasão e ou dançam todos ou não dança ninguém. 


O título do livro é "Em Vizela só dança quem é «fidalgo». 

A sinopse: "As razões de um conflito social (1967) – representa-se como memória coletiva convertida em memória histórica. Analisa as razões de uma revolta social, ocorrida em setembro de 1967, encabeçada por um grupo de jovens, com apoio maioritário da população, revoltado com a segregação social imposta pela elite diretiva da Junta de Turismo de Vizela. O trabalho organiza-se em três partes distintas. A primeira foca a Evolução Social ocorrida na década de 1960, Resume os principais acontecimentos históricos - endógenos e exógenos - determinantes no desenvolvimento e nas metamorfoses sociais operadas num Portugal ainda muito rural, atrasado e conservador.

Sincronicamente, mostra como tal evolução económica e social acaba a estimular análogas transformações na sociedade vizelense. A segunda traça uma breve história das Juntas de Turismo de Vizela, desde a I República até ao fim do Estado Novo. Mostra os sucessivos elencos diretivos, os seus obletivos e missões. Resume os novos gostos e ritmos musicais dos anos 60. Apresenta o conjunto académico vizelense “Os Kings”. 
E descreve o carismático café Casino Peninsular e as suas particularidades arquitetónicas. Em narrativa simples e clara, a última parte resume as razões concretas que concorreram para o despoletar da inevitável Revolta Social de 1967. Desvenda os apectos qualitativos da revolta, as suas singularidades e define a tipologia da ação rebelde. 

Com mais este o trabalho - Em Vizela só dança quem é «fidalgo». As razões de um conflito social (1967) - o autor, firmado na verdade, no rigor e na neutralidade histórica, garante a preservação de uma memória coletiva e a oferta de uma excelente página da história contemporânea vizelense que muitos desejaram esquecida." 

O diretor de marketing da AIREV, Paulo Machado acrescenta que o livro pode ser adquirido através do link https://airev.pt/produto/livro-eugenio-silva/ 
 e que está a ser estudado um local de venda ao público.

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