O Comunicado do deputado municipal João Ilídio Costa


Publicamos na íntegra o comunicado do deputado independente João Ilídio Costa, eleito pela lista do Partido Socialista à bancada da assembleia municipal deste grupo. Na última assembleia municipal, João Ilídio Costa insurgiu-se contra a forma como foi redigida a acta da sessão anterior, teceu críticas ao Poder municipal e criticou o "desrespeito" para com Manuel Monteiro (PND) quando este político quis intervir na assembleia municipal.



COMUNICADO DE JOÃO ILÍDIO COSTA

Não era minha intenção prestar quaisquer declarações aos media, ou fazer qualquer comunicação posterior à minha intervenção na última Assembleia Municipal.
A mesma foi feita no lugar certo e da forma correcta, muito embora não tenha – como era natural – agradado a toda a gente. Era uma intervenção abrangente que dizia respeito a todos os elementos da assembleia e o objectivo, afinal, era esse mesmo e foi plenamente conseguido. Foi uma pedrada no charco que agitou algumas águas turvas.

Como é natural, já foi alvo das mais diversas conversas, interpretações e críticas.
Umas favoráveis, outras desfavoráveis, ditas com naturalidade, com ou sem incómodo, sem restrições ou censuras. Afinal a democracia deve ser isso mesmo, onde os direitos de cidadania podem e devem ser exercidos.

Nas mesmas, contudo, houve algumas declarações excessivas e inverosímeis que me obrigam a um esclarecimento e a um reposicionamento dos factos e das coisas.
Como já o disse e repito, sou um cidadão independente, mas que integro a bancada do Partido Socialista. Nesta condição e como é natural, tenho direitos e tenho deveres.

Deveres de solidariedade e de concertação com a bancada, mas direitos de dizer o que não está bem, a não ser que queiram que diga sempre que está bem, quando na realidade as coisas estão mal. Sobre as duas questões polémicas da minha intervenção, quero dizer que não retiro uma vírgula, independentemente de estar, ou não, de acordo com o pensamento e os sentimentos de alguns. As leituras que se queiram fazer, desde que correctamente e assentes em princípios de ética, de moral e de verdade, não podem ter interpretações diversas.

Quanto ao facto de ter o dever de informar na reunião preparatória da assembleia que pretendia fazer uma intervenção, só quero dizer que o fiz directamente ao líder da bancada.
Relativamente ao teor da minha intervenção, na realidade não a comuniquei, mas – também – não me foi pedido.

Entendi que não o devia ter feito na reunião preparatória, pois, como referi na Assembleia Municipal: - “seria tempo perdido”. Teria dado lugar a nova forte discussão, como já tinha acontecido anteriormente, onde claramente me foi dito: - “és um elemento independente, nem direito tens a participar nestas reuniões e estás proibido de falar “. Ao que eu acabei por retorquir: - “se me proíbem de falar aqui, que é o local onde entendo que o devo fazer, então só me resta uma alternativa, passar a fazê-lo na Assembleia Municipal”.

Lamento o facto de ter de fazer esta comunicação, que não queria, mas quando existem afirmações de responsáveis e de “treinadores de bancada” que mexem com a nossa dignidade pessoal, então, não nos resta outra alternativa.

Por favor, governem bem, servindo os reais interesses de Vizela, e deixem-se de coisas comezinhas que desgastam energias e tempo e que nada de bom aportam ao processo.

João Costa

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