De forma absolutamente lamentável, um indivíduo atribuiu “sentença de morte” a um clube com 70 anos de DIGNIDADE. Não são cinco ou dez anos de história, são 70 anos caracterizados por um conjunto de valores que, para minha infelicidade, deixaram de existir no futebol, modalidade que sempre me apaixonou. JOÃO GONÇALVES joao14fcv@hotmail.comDia 09 de Junho de 2009. Um dia que começou igual a tantos outros, mas que teve um desfecho tão dramático quanto vergonhoso. Tomei conhecimento da notícia que jamais desejava ouvir pela televisão, na pessoa do “exterminador implacável” de instituições públicas dignas e cumpridoras, como é o caso do nosso Futebol Clube de Vizela. Nesse dia, o termo “justiça” definitivamente deixou de ter significado. Quiçá para o resto da vida…
De forma absolutamente lamentável, um indivíduo atribuiu “sentença de morte” a um clube com 70 anos de DIGNIDADE. Não são cinco ou dez anos de história, são 70 anos caracterizados por um conjunto de valores que, para minha infelicidade, deixaram de existir no futebol, modalidade que sempre me apaixonou. Dignidade é algo que não está ao alcance de todos, muito menos de certos ilustres que abusam do poder que têm e, pior, sobrepõem-se à Lei. Porque a justiça desportiva não é nem nunca deverá ser superior à justiça administrativa.
Se para estes senhores, a limpeza do futebol é “varrer do mapa” clubes honestos, dignos, cumpridores dos seus compromissos com maior ou menor dificuldade, então o melhor é encararmos a vida como um “acto ilícito”… Porque é duro demais continuarmos a ver equipas em “coma profundo”, vagueando pelo profissionalismo (não sei até que ponto esta palavra fará sentido…) do futebol português.
Continuamos a acompanhar o declínio verdadeiramente degradante do futebol em Portugal, onde a dualidade de critérios na justiça desportiva é descarada e humilhante. O que fizeram ao nosso FC Vizela é um crime contra o futebol, é penoso demais!
Não faz o mínimo sentido, um clube sofrer tão severa punição, cinco anos depois, por causa de um acto pessoal, com a agravante de não existir prova consumada de tal facto. Ridiculamente, as únicas provas existentes (as escutas telefónicas) foram validadas. Para uns são válidas, necessariamente, para benefício de “defuntos”; para outros, não podem de forma alguma serem válidas… É a vergonha instalada no futebol português!
Eu, como vizelense que me orgulho de ser, encontro paralelo a esta situação nas propostas chumbadas pelo Governo relativamente à criação do concelho. E, embora não seja da geração de luta pela concelhia nos anos 80, sou conhecedor da história e sei que a população vizelense não desarma quando o seu orgulho é ferido.
Por isso, a comunidade vizelense não se pode conformar perante este “assassínio” e tem que se mobilizar. Podem fazer de tudo para derrotar quem quer que seja, mas uma coisa não conseguirão vergar: o ORGULHO de ser vizelense!
Chegou o momento da revolta, de reeditar o ambiente infernal de luta pelo concelho, pelo lugar que nos pertence! Temos que demonstrar ao país que Vizela é uma cidade viva, que o seu povo ainda sabe defender com afinco as suas instituições, aquilo que é seu!
No próximo dia 19 de Junho, sexta-feira, a comparência dos vizelenses em massa na Assembleia Geral afigura-se de extrema importância, porque todos seremos poucos! Não podemos permitir que um indivíduo acabe com 70 anos de história! Não vamos deixar o FC Vizela morrer!
João Gonçalves
joao14fcv@hotmail.com