FC Vizela lado da Liga na alteração dos estatutos



O assessor jurídico da SAD do Benfica contou que, de forma genérica, os clubes presentes - Sporting, Vitória de Guimarães, Rio Ave, Trofense, Beira-Mar, Oliveirense e Vizela - apoiaram as propostas da direcção da Liga, que considera irem ser de resolução "pacífica" na reunião magna de sábado.

NOTICIA O JOGO
20:33 - Futebol - FPF
Clubes profissionais ao lado da Liga na alteração dos estatutos

Oito dos 32 clubes das competições profissionais debateram e apoiaram hoje a direcção da Liga nas propostas que vai apresentar sábado na assembleia geral da FP Futebol, na adaptação ao novo regime jurídico das federações.

"Ficámos a conhecer as propostas que a Liga (LPFP) apresentou no sentido de ver consagrada minimamente a sua autonomia enquanto gestora das competições profissionais e também, por via disso, a salvaguarda dos interesses dos clubes profissionais, sob pena de também ficarem fragilizados com estas alterações que a federação propôs", esclareceu Paulo Gonçalves.

O assessor jurídico da SAD do Benfica contou que, de forma genérica, os clubes presentes - Sporting, Vitória de Guimarães, Rio Ave, Trofense, Beira-Mar, Oliveirense e Vizela - apoiaram as propostas da direcção da Liga, que considera irem ser de resolução "pacífica" na reunião magna de sábado.

"Com o novo regime jurídico das federações há um reforço dos poderes da direcção e uma fragilização da Assembleia Geral (AG) enquanto órgão deliberativo. Estivemos a estudar aquela que deve ser a deliberação da Liga nessa AG que, contrariamente ao que as pessoas possam pensar, é de vital importância para a Liga e, por inerência, para os próprios clubes" vincou.

Entre as alterações em causa, salienta-se a representatividade dos diferentes agentes desportivos, com o futebol profissional, representado na Assembleia Geral da Federação Portuguesa de Futebol pela Liga, a passar a ter mais peso eleitoral, ao mesmo tempo que as associações distritais perdem poder.

"As propostas apresentadas pela direcção da Liga são razoáveis. Não se pretende que a FPF passe a ser um órgão presidencialista, quase monárquico em que o presidente, já por força do Regime Jurídico das Federações, pode nomear o presidente do Conselho de Arbitragem e Conselho Jurisdicional, como até os pode destituir. Já é um reforço dos poderes do presidente. Se a posição dos clubes não for minimamente reconhecida no seio AG da FPF, a posição da Liga e dos clubes sai fragilizada", advertiu.

Fonte do FC Porto tinha anunciado previamente a sua ausência assumindo uma posição divergente dos "encarnados".

"A posição do Benfica é muito clara: trata-se de matéria de vital importância. Não se trata de questão politica, mas dos clubes, através da Liga, reforçar a sua posição num órgão de grande importância e seguramente o órgão das grandes decisões do futebol português no futuro que é AG da FPF. Não podemos estar à parte", concluiu Paulo Gonçalves.



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