Alunos do Colégio de Vizela em visita de estudo ao Porto



(texto da autoria da professora Carla Batista)
Opiniões de alguns alunos:

“Este tipo de visitas permite um maior convívio com o nosso tutor e cria momentos mais descontraídos.” Elsa Fernandes 8.2

“Gostei muito de conhecer a história do Vinho do Porto” Adriana Silva 5.2

“Gostei de andar pela 1ª vez de comboio, e de o ter feito com os meus professores e colegas” Sara Monteiro 5.2

“Foi uma visita agradável, divertida com vista sobre o Douro” Bruno Vaz 8.2



Os alunos partiram às 9h05 da Estação de Vizela. Ao chegarem à Estação de S.Bento, os alunos e professores dividiram-se por grupos de Tutor/Tutorandos. Estes grupos inundaram as ruas do Porto: avenida dos Aliados, Praça da Batalha, Rua de Santa Catarina, Teatro Nacional S.João, Coliseu, Rivoli, Ribeira, Cais de Gaia, as pontes no Porto.... Estes foram alguns dos espaços percorridos por alunos e professores. A cultura e a cidadania desenvolvem-se especialmente em projectos destes, nas ruas, na sociedade, nos museus, nos teatros, na vida!

A relação entre Tutor e Tutorandos foi enriquecida, pois em espaços informais é mais simples conhecer aprofundadamente os alunos e professores. O sol e o céu azul intensificaram os sorrisos das crianças e jovens do Colégio Vizela.

Agora, de novo nas salas de aula, os alunos irão poder reflectir sobre a vida nas cidades, partindo do poema “A cidade é um chão de palavras pisadas”, de Ary dos Santos .

A cidade é um chão de palavras pisadas
a palavra criança a palavra segredo.
A cidade é um céu de palavras paradas
a palavra distância e a palavra medo.

A cidade é um saco um pulmão que respira
pela palavra água pela palavra brisa.
A cidade é um poro um corpo que transpira
pela palavra sangue pela palavra ira.

A cidade tem praças de palavras abertas
como estátuas mandadas apear.
A cidade tem ruas de palavras desertas
como jardins mandados arrancar.

A palavra sarcasmo é uma rosa rubra.
A palavra silêncio é uma rosa chá.
Não há céu de palavras que a cidade não cubra
não há rua de sons que a palavra não corra
à procura da sombra de uma luz que não há.

Ary dos Santos

Partilhar