Depois de um pré-aviso através da colocação de um cartaz na porta principal da exposição de móveis, a gerência do Centro Comercial Costa na Avenida Abade de Tagilde-Vizela telefonou aos devedores anunciando que vai afixar esta sexta-feira as cópias coloridas dos seus bilhetes de identidades no espaço em branco reservado no cartaz.
Como esse telefonema esperava que os calotes fossem sanados, mas nem assim. A poucas horas da exposição pública da listagem, as portas do Centro Comercial Costa ainda continuam aberta à espera de quem pretenda regularizar a sua situação. Caso contrário todas as pessoas ficarão a saber a identidade de quem não quer pagar...ou come muito queijo.
Ivone Costa, gerente do CCC, disse ao ddV que esta parece ser a única forma de criar alguma vergonha em "caloteiros" que devem, alguns há três anos, grandes quantias em dinheiro de mobilia que levaram daquele estabelecimento e que nunca chegaram a pagar.
«Temos casos de pessoas que nos devem há muito tempo dois e três mil euros e nem uma satisfação nos dão mesmo passando à nossa porta. São pessoas descaradas e sem vergonha nenhuma. Temos também débitos mais pequenos de outros devedorees, mas nem esses vêm aqui pagar».
A colocação dos BI (todos os clientes num acto de compra de móveis às prestações deixam ficar cópia do bilhete de identidade), na montra vai acontecer esta sexta-feira. Ivone Costa diz ter telefonado a todos os devedores anunciando que poderiam regularizar a situação antes da exposição do seu débito. «Alguns não reagiram bem, mas também não vieram pagar». E acrescenta: «Expor só o seu nome não chega. Também fica em exibição a fotografia para que todas as pessoas saibam de quem se trata».
Ivone Costa contou ainda ao ddV outra situação lamnetável provocada por um cliente: «Passou-nos um cheque pré-datado e sem nós sabermos foi ao banco alegar que tinha sido roubado. Quando o gerente do banco nos revelou aquela artimanha ficamos incrédulos».
Ivone não descura que a exposição da identificação dos devedores pode ser uma faca de dois gumes, mas como diz o povo: perdido por um perdido por mil.