«A Câmara de Vizela está a envidar todos os esforços para salvar as termas locais, retirando-as da actual concessionária a Companhia de Banhos de Vizela que determinou o encerramento do balneário termal em Novembro último, lançando mais de 30 funcionários para o desemprego». noticia do JORNAL DE NOTICIASCARLOS RUI ABREU
A Câmara de Vizela está a envidar todos os esforços para salvar as termas locais, retirando-as da actual concessionária a Companhia de Banhos de Vizela que determinou o encerramento do balneário termal em Novembro último, lançando mais de 30 funcionários para o desemprego.
"Vamos ter um encontro com dois Secretários de Estado, da Economia e do Turismo, e vamos tentar que retirem a concessão das termas aos actuais proprietários", avançou Dinis Costa, presidente da autarquia. O edil será recebido no Ministério da Economia no próximo dia 21 e vai convicto de que conseguirá o seu desiderato para "revitalizar aquilo que é a marca da nossa terra".
Dinis Costa lamenta que as termas de Vizela tenham passado do epíteto de Rainha das Termas para o estado de degradação em que entraram e que ditaram o encerramento.
Câmara procura interessados
"O desenvolvimento de Vizela passa pela recuperação das Termas que estavam antiquadas e essa é a prioridade do mandato", garantiu Costa, que tem como objectivo colocar Vizela na rota do turismo termal. Subjacente a esta ideia surge também a necessidade de criar postos de trabalho num concelho marcado pela crise no sector têxtil.
A autarquia está a tentar contactar possíveis interessados. Um deles é o empresário Paulo Pereira, figura conhecida por ter sido bafejado pela sorte em 2004 quando ganhou mais de 20 milhões de euros no Euromilhões. "Houve um abordagem pelo presidente da Câmara mas nesta altura está tudo em stand-by", explicou o empresário ao JN. Na base da indefinição do interesse de Paulo Pereira está a convulsão por que atravessa a empresa concessionária das termas. "Ainda não se estou interessado. Tudo depende do preço e da resolução dos problemas da sociedade actual", disse Pereira, mostrando-se aberto a todos os bons negócios. Paulo Pereira diz não haver nenhum prazo limite para o avanço do negócio e aguarda o serenar das águas para o analisar em concreto.
Já Dinis Costa espera que a situação se resolva o mais breve possível para ir a tempo de aproveitar o embalo do projecto vizinho de Guimarães Capital Europeia da Cultura em 2012. "Aproveitaremos para dimensionarmos Vizela com projectos sólidos. Precisamos de um hotel e colocar as termas a funcionar".