Festival de Folclore de Braga tem sete convidados estrangeiros

Sete agrupamentos internacionais, da Rússia ao Brasil, da Alemanha ao México, da Ucrânia à Escócia ou à Eslováquia, participam esta quinta-feira (29 de Julho) na gala “Danças do Mundo” que marca o início da décima segunda edição do Festival Internacional de Folclore de Braga.



A gala, de acesso livre, acontece na Avenida Central, a partir das 21h30 e nela participam o “Thuringian Folklore Dance Group” (Alemanha), Grupo Étnico Madre Paulina (Brasil), “Royal Scottish Country Dance Society” -Newcastle Upon Tyne (Escócia), “Folklore Ensemble Makovica” (Eslováquia), “IRBAO - Ballet Folklorico Orizaba” (México), “Folk Dance Group ‘Smerechina’ (Ucrânia) e a “Russian Cossack Song & Dance ‘Volnaya Steppe’ (Rússia).
«Ano a ano, procuramos oferecer a Braga a mais diversificada mostra de danças e cantares folclóricas do mundo; a presente edição deste festival é a prova desse investimento cultural: a origem e a provada qualidade dos grupos convidados fala por si», justifica a Vereadora da Cultura na Câmara Municipal de Braga.
Ilda Carneiro sublinha que o objectivo desta iniciativa não se fica pelo «mero festival folclórico, confundível com qualquer outro dos muitos que acontecem pelo país», promovidos com o único intuito de criar momentos de animação popular.
«O Pelouro da Cultura do Município de Braga pretende também isso, mas muito mais; pretende trazer à cidade, em cada edição, uma mostra dos mais representativos agrupamentos folclóricos característicos da diversidade mundial desta expressão artística de cariz popular; pretende proporcionar a quem assiste a este festival um contacto e um conhecimento da raiz etnográfica das diferentes culturas populares», diz.
A par dos grupos estrangeiros que dão corpo à gala de abertura, o Festival Internacional de Folclore de Braga prolonga-se até sábado, na Avenida Central, com a participação de outros agrupamentos nacionais, como é o caso de “Os Sinos da Sé” (Braga), Grupo Folclórico de Vila Verde, Grupo Folclórico de Aveleda (Braga), Rancho Folclórico “Os Campinos da Azinhaga” (Golegã) e Grupo Folclórico Gonçalo Sampaio (Braga).
«Não só pelos convidados estrangeiros, mas também pela distinta qualidade e rigor dos participantes nacionais, esta é uma edição que tem o êxito garantido e a que não vai faltar o público bracarense e quantos nesta tão rica região etnográfica do Minho apreciam esta expressão cultural», garante Ilda Carneiro.
Thuringian Folklore Dance Group (Alemanha)
O “Thuringian Folklore Dance Group” provém de uma zona cultural antiga da Turíngia, na cidade de Rudolstadt, apelidada de “o coração verde da Alemanha” e situada no centro do país. Já actuou em 25 países de quatro continentes ao longo da sua existência de mais de 50 anos. Desde o Afeganistão aos Estados Unidos, passando pela Rússia ou pelo Egipto. O grupo conta com 170 elementos entre os quatro e os 48 anos de idade, que têm sido capazes de preservar o seu património cultural e transmiti-lo através dos espectáculos.

Grupo Étnico Madre Paulina (Brasil)
O Grupo Étnico Madre Paulina foi fundado em 1995, na Escola Particular de Ensino Fundamental Madre Paulina, para se dedicar à pesquisa do folclore e danças étnicas do Brasil, com as quais já percorreu boa parte do Rio Grande do Sul e cidades dos Estados de São Paulo, Paraná e Santa Catarina, e países como Argentina, Chile, Bolívia, Polónia, Eslováquia e Alemanha. É três vezes “Prémio Melhor Figurino”, medalha de ouro no “Certamen Internacional de Danza de Buenos Aires/Argentina” e foi eleito pelo público como o grupo mais popular do Festival Internacional de Folclore do Chile, na sua edição de 2008.

Royal Scottish Country Dance Society (Escócia)
Este grupo escocês apresenta nos seus espectáculos a “scottish country dance”, uma dança sociável em que os bailarinos se dispõem em conjuntos de dois ou mais casais, e a “highland dancing”, uma forma muito enérgica de dançar, normalmente realizada por uma pessoa. A música é frequentemente executada em acordeão e violino, mas a gaita-de-foles e os tambores, também presentes nas exibições, são próprios das terras altas de maior influência militar. A música “harp” é comum a todas as tradições celtas e os cantores são frequentemente acompanhados ao som da harpa ou "clarsach".
Folklore Ensemble Makovica (Eslováquia)
Este grupo eslovaco foi fundado em 1956 no centro cultural da cidade de Svidnik, do leste da Eslováquia. Graças à sua antiguidade, apresenta um vasto currículo de exibições no seu país e também em numerosos países da Europa, desde a Turquia à Itália, num périplo em que dá a conhecer as ricas e variadas coreografias das regiões de Saris e Zemplin.

Ballet Folkloric Orizaba (México)
O “Orizaba Ballet Folkloric” é um grupo mexicano fundado em 1970. Conta com inúmeras apresentações em televisão e em festivais de música tradicional, tendo conquistado vários prémios, designadamente uma medalha de ouro, com a coreografia de “Conchero”, num festival mundial realizado em Guadalajara. Em 2008, conseguiu os três primeiros lugares num festival de dança realizado em Zywiec, na Polónia, isto devido à qualidade do acompanhamento musical e da dança de Quertzals.
Grupo Smerechina (Ucrânia)
“Smerechina” é o mais conhecido grupo folclórico da região oeste da Ucrânia, tendo ganho o título de “nacional” (em 1964) pela sua qualidade e competência, unicidade e reportório extraordinário. Venceu vários prémios nos muitos festivais em que participou, entre eles o “machado de ouro” do Festival Internacional de Zakopane (Polónia). É também seu o prémio “Europa” (Hamburgo), que lhe foi atribuído pelo trabalho de preservação do folclore e pelo seu domínio desta expressão artística europeia.

Volnaya Steppe (Rússia)
O grupo “Volnaya Steppe”, fundado em 2005 para difundir pelo mundo a essência antiquíssima dos “cossacks”, representa a região de Stavropol, do sul da Rússia. Este grupo jovem e enérgico tornou-se líder nos circuitos artísticos da sua região, graças a um reportório variado e amplo, com complexas coreografias que envolvem todos os elementos do grupo. Cantores e bailarinos interagem como um só, contando histórias dos momentos alegres em que os soldados “cossacks” voltavam para as suas esposas e famílias.

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