Padre Machado fala no homilía da missa de Luís Oliveira em defesa da reabertura das Termas de Vizela e é aplaudido

Pároco de S. João disse: Isto (fecho das Termas)a mim doi-me. E não sou natural de Vizela como era o sr. Luís "Peru" (falecido) que foi um grande vizelense. As Termas não são um bem privado: são um bem comum . Que brota da Terra. Vizela deve lutar como lutou pelo seu concelho e venceu. Nem que tenha de contratar o melhor advogado do mundo». A igreja estava repleta e ecoou num só coro, uma forte ovação ao Padre José Marques Machado que condenou também a forte onda de boatos que tenta atingir figuras públicas que só têm feito bem a Vizela.


Luís Peru foi um dos trabalhadores mais antigos das Termas de Vizela, mas não foi esse o facto que levou o pároco de S. João a versar um assunto candente do quotidiano vizelense - o encerramento das Termas - mas sim a letargia que parece assacar a juventude de agora.

De forma segura, o sacerdote demonstrou um bairrismo pouco habitual nas homílias que ocorrem por todo o País ao fazer claramente a defesa da reabertura das Termas de olhos postos na urna de Luís Perú (coberta com as bandeiras do FC Vizela e dos Bombeiros), de quem Vizela se despediu hoje.

O Padre José Machado incentivou os vizelenses a lutarem por este «bem comum» da mesma forma que lutaram pela criação do Concelho de Vizela.
«Dói-me muito ver esta situação das Termas. Perde toda a cidade. Isto não pode continuar assim. É necessário lutar com todas as forças possíveis. Durante muitos anos os vizelenses lutaram pelo seu concelho e conseguiram a vitória, hoje volta a ser necessário lutar».

Os fiéis que participavam na missa de Corpo Presente do ex-secretário da Casa do Povo de Vizela e ex-dirigente dos Bombeiros e do FC Vizela, demonstraram estar de acordo com as palavras do pároco (a homilia durou perto de 20 minutos) fazendo romper por toda a igreja uma estrondosa (inédita nestes casos?) salva de palmas.
No final alguns fiéis comentavam que o Padre Machado demonstra mais bairrismo vizelense que alguns naturais desta terra.

O sacerdote apelou também para que haja contenção por parte de algumas pessoas cujo único objectivo é levantar boatos de forma a denegrir figuras públicas que têm trabalhado afincadamente pelo bem de Vizela.

LUÍS OLIVEIRA SEPULTADO COMO UM HERÓI VIZELENSE

O funeral de Luís Oliveira mereceu as maiores honras associativas dos últimos tempos. Que se pusesse em lugar estratégico da Ponte de Pau poderia conferir três instituições de Vizela cujos mastros ostentavam a bandeira a meia-haste: Bombeiros, Casa do Povo e Sociedade Filarmónica (era tio do maestro José Manuel Marques).

Os bombeiros fizeram-se representar pelo seu Presidente João Ilídio Costa e o anterior Presidente, António Manuel Pacheco, estando ainda (fardado e acompanhado por um piquete) o comandante Paulo Oliveira estando ainda presentes os ex-comandantes Américo Oswaldo e Rogério Caldas.

As restantes associações de Vizela marcaram presença ao mais alto nível, tendo os restos mortais de Luís Oliveira sido encaminhados para o cemitério de S. João num carro dos Bombeiros de Vizela.

O Padre José Machado recordou que foi das primeiras pessoas que conheceu ao chegar a Vizela, porquanto Luis Peru era dos melhores amigos do Cónego Albano da Silva Freitas, ex-capelão dos Bombeiros.
Centenas de pessoas participaram no último adeus a um grande dirigente associativo e grande vizelense como frisou o pároco de S. João.

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