Casa do Povo comemorou 67 anos de vida

Foram descerrados quadros com as fotografias dos três homenageados: Armindo Sampaio, Adelino Cunha e Jorge Teles, mas as maiores referências foram para Luís Fernandes de Oliveira, ex-secretário da Direcção recentemente falecido. Presidente da Câmara enalteceu papel da Casa do Povo no concelho, uma instituição que já teve seis mil associados.








O presidente da Direcção Baltazar Oliveira, profundamente emocionado, historiou sobre esta instituição que chegou a contar na sua fase inicial com 6 mil associados, entre agricultores e rendeiros dos vales do Vizela, do Ave e do Sousa.
As comemorações prolongaram-se por todo o dia de sábado, terminando com um arraial onde participou o Grupo de Cavaquinhos da Casa do Povo e Conjunto Irmãos Peixoto.
Dinis Costa prometeu que a Câmara continuará a apoiar a instituição aniversariante.


AS PALAVRAS DE JÚLIO CÉSAR FERREIRA, PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA-GERAL DA CASA DO POVO

"A Casa do Povo de Vizela está hoje de Parabéns. E ao comemorar o sexagésimo sétimo aniversário, inclino a minha cabeça num a recordação saudosa a todos aqueles que por aqui passaram, sócios, amigos e directores que deixaram uma marca indelével na história desta já vetusta casa.

Porém, neste momento, permitam – me que me detenha um pouco no passado mais recente, para prestar a minha homenagem a um director singular que durante tantos anos fez desta a casa, a s
ua casa. Permitam-me que vergue a minha cabeça a um homem grande, a um homem que muito deu a esta casa e a Vizela no seu todo. Permitam-me que me incline à memória do grande amigo Luís Oliveira, para quem peço neste momento um sentido aplauso.

Mas a vid
a faz-se de momentos bons e momentos menos bons e neste dia de aniversário, neste dia em que se comemoram 67 anos de vida, recordar o passado é lançar alicerces para o futuro. A história desta Casa do Povo é de uma riqueza invejável, desde que, em pleno estado novo e englobando dezenas de freguesias, foi alforge de divertimento e distracção de muitos jovens. Aqui se fizeram grandes campeonatos de Ténis de Mesa, aqui se passaram filmes de grandes mestres e aqui se fizerem grandes peças de teatro. Os rurais da nossa região tinham, aqui o seu ponto de encontro e aqui recebiam a assistência social de que careciam.

Porém, com o 25 de Abril e por força de novas leis, as Casas do Povo perderam alguma da sua impor
tância. Foi necessário novas forças, nova gente, novas directivas e assim chegamos aos dias de hoje. A Casa do Povo de Vizela manteve o seu estatuto de casa aberta à comunidade, hoje, como ontem, contribuindo para o desenvolvimento dos membros das suas secções culturais e desportivas, fomentando o desporto, a cultura e o lazer, dando sempre o melhor de si. Por isso, tem nos seus corpos directivos homens, que se interessam pelo associativismo, homens que se interessam pelo desenvolvimento, homens que gostam de Vizela e da comunidade Vizelense. E nós, aqui chegados, não podemos esquecer estes homens e por inteira justiça, devemos enaltece-los.

É o que
iremos fazer de seguida. Homenagear 3 directores desta Casa. Com quase uma vintena de anos como dirigentes.

Jorge Teles, Armindo Sampaio e Adelino Cunha, são os directores a homenagear hoje, dando cumprimento a uma propo
sta discutida e aprovada na última Assembleia-geral.

Para eles os meus sinceros parabéns."
Nesta foto de arquivo registada no hall do Hotel Sul Americano pela obejctiva de Júlio César, estão, Luís Fernandes de Oliveira (Luís Peru) e Manuel Marques, director do ddV)

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