Praga de gaivotas disputa lixeira de Lustosa


Enormes bandos procuram a comida que o mar lhes nega no Inverno. Autarcas do grande Porto procuram controlar a situação pois as gaivotas estão a invadir todas as cidades, Vizela incluída. O ddV foi registar imagens à Lixeira de Lustosa-Lousada. Imagens impressionantes da grande quantidade de gaivotas que ali pousam. População de gaivotas quase triplicou em Portugal nos últimos tempos.


Disputam a comida lançada na lixeira, agridem-se quando escasseia o alimento, levantam em grandes bandos que chega a tapar o sol. O aterro sanitário está todo invadido de gaivotas. Chegam, vindas de beira do mar de Matosinhos e Póvoa de Varzim, por volta das 7h30 e regressam ao final da tarde. Mas há outros bandos que pernoitam no aterro e nidificam ali reproduzindo-se ainda mais.
A forte ondulação do mar, que evita incluive a pesca, e as fortes correntes dos rios, levam as aves a procurar alimento nas lixeiras como é o caso de Lustosa, freguesia encostada a Santa Eulália do concelho de Vizela.

O forte crescimento do número de gaivotas na Área Metropolitana do Porto ameaça tornar-se uma praga nas cidades e, por isso, os autarcas vão pedir à Universidade que estude a melhor forma de controlar o fenómeno.

A área metropolitana do Porto vai adoptar medidas para fazer diminuir a população de gaivotas. É um problema que está a afectar várias cidades do país e os autarcas falam já de uma verdadeira «praga» que causa incómodos ao nível do ruído e que danifica telhados e carros.
"Todos os concelhos, particularmente os do Litoral, vêem a população de gaivotas a crescer imenso. Há descontentamento por parte das pessoas. É um exagero", alertou Rui Rio, presidente da Junta Metropolitana do Porto, no final de uma reunião desta estrutura. Até porque a reprodução começa a ser problema também nos municípios mais interiores, não apenas junto ao mar.

Para evitar uma praga, os autarcas vão celebrar um protocolo com a Universidade do Porto, mais concretamente com o Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental, no sentido de estudar uma forma de travar o aumento.

População de gaivotas quase triplicou em Portugal

Revelam vários textos na internte que "entre 1984 e 2002 a população nidificante de gaivota-de-patas-amarelas (Larus michahellis), claramente dominante no nosso país, praticamente triplicou, passando de pouco mais de 5.500 casais para perto de 16 mil, de acordo com o «Atlas das Aves Nidificantes em Portugal», lançado em Dezembro de 2008 pelo Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade em parceria com a SPEA, o Parque Natural da Madeira e a Secretaria Regional do Ambiente e do Mar dos Açores.

E estes números referem-se apenas às duas zonas onde estes animais estão presentes em número significativo – Berlengas e costa rochosa a Sul do cabo Carvoeiro (com cerca de mil casais).
Nos Açores a população desta gaivota cresceu cerca de 60% entre 1984 e 2004, para cerca de 4.150 casais e na Madeira o número de gaivotas-de-patas-amarelas tem-se mantido relativamente estável, rondando os quatro mil casais.

A gaivota-d’asa-escura (Larus fuscus), não reproduz em Portugal, mas durante o Inverno acorre em grande número a todo o território continental".

Partilhar