ALBERTO SOUSA: «Este acordo das Termas com a Câmara é uma brincadeira de muito mau gosto»

Alberto Sousa, accionista das Termas de Vizela, disse hoje ao ddV que o engenheiro Carlos Coutinho não tinha nem tem poderes da Assembleia de Accionistas da Companhia dos Banhos para assinar qualquer acordo com a Câmara Municipal de Vizela ou outra entidade para exploração do património daquela empresa. Alberto Sousa ainda não leu o acordo assinado: «segunda-feira vou ler». mas acrescenta que «O que veio a público não passa duma brincadeira de mau gosto porque o eng. Coutinho não tem poderes para deliberar sozinho sobre o futuro das Termas e vários accionistas já me ligaram preocupados». A assembleia da Companhia dos Banhos realiza-se em Junho.



Alberto Sousa o accionista minoritário da Companhia dos Banhos de Vizela com mais acções e aquele que mais tem contestado a gestão de Carlos Coutinho à frente da CBV, disse hoje ao ddV que o acordo assinado entre o sócio-maioritário e a Câmara Municipal de Vizela só deve ser entendido como «uma brincadeira de mau gosto. Como é que o Sr. Carlos Coutinho vai assinar um documento sem o voto dos outros accionistas?».

Convidado a responder se esta sua visão não pode ser entendida como uma oposição à reabertura das Termas Alberto Sousa diz: «Ninguém mais do que eu lutou para que as Termas de Vizela estivessem a laborar e em condições de servirem todas as partes: utentes, trabalhadores e a própria Companhia dos Banhos. Comprei acções por um preço que elas não valiam e que jamais recuperarei. Perdi parte da minha saúde a lutar pelo bem da Companhia de Banhos e pela terra onde as termas estão implantadas. Mas o meu objectivo foi servir Vizela. E quem me conhece sabe que quando entre em alguma coisa é para vencer».

Indagado sobre o que poderá ter demovido Carlos Coutinho, o ex-Presidente do FC Vizela diz: «Aqui há qualquer coisa que está por explicar. Mas parece óbvio que o sr. eng. Carlos Coutinho sentiu o lume a chegar-lhe às pernas. Ele sabe que há processos em Tribunal que vão, certamente, contra ele. Há acções que pertencem ao grupo minoritário e que têm de ser devolvidas ao Sr. Francisco Ribeiro porque foi ele o primeiro a comprá-las. O Sr. eng. Carlos Coutinho quis acelerar o processo e de um momento para o outro resolveu aquilo que nós andamos há anos para tentar resolver e ele sempre se opôs. Se não fosse eu a opor-me e outros accionistas ele já tinha feito um galinheiro nas Termas há muito».

Alberto Sousa, que considerou a proposta que o grupo espanhol Tesal apresentou há tempos e foi recusada como «muito boa», acrescenta que vários accionistas lhe têm ligado preocupados com a situação: «O meu advogado quando ouviu as notícias nem queria acreditar que isto fosse possível. E eu também não. Somos por Vizela, queremos o melhor para Vizela e para as suas Termas. Ninguém tenha dúvidas disto. Queremos as Termas abertas, a funcionar, mas não pactuamos com situações onde não somos ouvidos. Segunda-feira vou ler o documento assinado pela Câmara e o sr. eng. Carlos Coutinho e na assembleia de Junho será o assunto maior».

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