O Conselho Geral da Fundação Cidade de Guimarães realizou a sua reunião
ordinária para aprovação do Plano Estratégico e de Actividades e Orçamento
da Fundação para 2013. Ouvidas as explicações da Administração e
Direcções, e tendo em conta o parecer do Conselho Fiscal, aprovou os
referidos documentos.
A análise do Orçamento revelou que a Fundação baseia as suas contas em
princípios de exigência e rigor, o que permite antecipar, apesar das
dificuldades bem conhecidas, a satisfação integral de todos os compromissos
assumidos.
O Conselho Geral regozijou-se com os indicadores demonstrativos de uma
ampla repercussão positiva da Capital Europeia da Cultura, designadamente
no plano internacional. O número de visitantes, o interesse demonstrado por
inúmeras delegações técnicas e políticas por Guimarães 2012 e o aplauso
recebido em diversas reuniões internacionais atestam o êxito do programa
artístico e cultural da Capital Europeia da Cultura, a sua pertinência e efeito
exemplar.
O Conselho Geral manifestou concordância com a posição crítica expressa
pela Administração relativamente ao projeto de extinção da Fundação
enunciado pelo Governo. De facto, tal decisão, a tornar-se efetiva, basear-seia
numa análise da atividade preparatória desenvolvida pela Fundação, em
2010, e não na ponderação do cumprimento ou não da missão para que foi
criada, em 2012.
Atendendo porém ao compromisso assumido pelo Senhor Secretário de
Estado da Cultura, Francisco José Viegas, de que a Fundação Cidade de
Guimarães deveria continuar a sua actividade regular até pelo menos ao final
de Setembro de 2013, é nesse pressuposto que o planeamento dos trabalhos
da CEC decorrerá.
O Conselho Geral expressou preocupações pelo facto de não estarem neste
momento garantidas todas as condições para que o trabalho realizado
durante o ano de 2012 possa ser prosseguido de forma consistente, segundo
o previsto em todos os documentos da candidatura aprovada pela União
Europeia e pelo Governo português.
O Conselho Geral recomendou por isso ao Presidente e Administração da
Fundação a realização de diligências junto das entidades fundadoras no
sentido de assegurarem o seu empenho numa transição robusta e cuidada,
bem calendarizada e sustentada, do legado da Capital Europeia da Cultura
para as instituições que operam na cidade. Assim, o Conselho aprovou
também um plano de contactos proposto pelo presidente da Fundação,
destinados a averiguar a possibilidade de se encontrar uma solução
institucional sólida que assegure a continuidade das estruturas e práticas
introduzidas por Guimarães 2012.
O Conselho Geral aprovou um voto de pesar pelo falecimento do escritor e
jornalista Manuel António Pina, membro do Conselho desde há um ano,
apresentando condolências à sua família.
Guimarães, 26 de Outubro de 2012