Casa do Povo evocou 69 anos de vida





Presidente Júlio César reforça que instituição está bem viva. Ex-direitgentes foram homenageados, alguns postumamente.

No decurso deste aniversário a direção da Casa do Povo reconheceu os trabalhos dos ex-presidentes Manuel Faria, José Ribeiro Ferreira, Idoquècio Pimentel, José Ribeiro e Baltazar Oliveira (nos quadros).
No próximo ano, nas 70 primaveras, a Casa do Povo promete umas evocações ainda mais empolgantes.
Destaque-se também o bonito adereço que o palco do salão recebeu com a introdução de fotos gigantes imitando cenários.

DISCURSO DE ANIVERSÁRIO DO PRESIDENTE JÚLIO CÉSAR



Exmo. Sr. Dinis Costa, Digníssimo Presidente da Câmara Municipal de Vizela; Exmo. Sr. Baltazar Oliveira, Presidente da Assembleia-geral desta casa; Reverendíssimo Pároco Constantino Matos de Sá; Exmo. Sr. Comandante da GNR de Vizela, Sargento Paulo Alves, Exmo. Sr. Mário José Oliveira, Presidente da Junta de S. João das Caldas, Exmo. Sr. José Armando Branco, Presidente da Junta de S. Miguel das Caldas…



…Digníssimos familiares dos anteriores Presidentes que hoje recordamos e demais homenageados, representantes das várias associações de Vizela que nos dão o prazer da sua presença, ilustres convidados, responsáveis pelas várias secções desportivas e culturais, prezados sócios, comunicação social, minhas senhoras e meus senhores.



Comemoram-se hoje, sessenta e nove anos da fundação desta Casa do Povo de Vizela e, neste dia memorável, curvo a minha cabeça, numa recordação saudosa e sentida, por todos aqueles que por aqui passaram ao longo de todos estes anos, e que deixaram a sua marca inconfundível, na já longa história desta vetusta Associação Cultural e Desportiva



E, é para honrar essa história, que hoje recordamos cinco nomes. Cinco nomes intrinsecamente ligados a esta Casa do Povo. Cinco nomes ligados à história de Vizela. Cinco grandes vultos da história de Vizela. Manuel João de Freitas Ribeiro de Faria, José Ribeiro Ferreira, Idóquecio Rodrigues Pimentel, José Ribeiro e Baltazar de Oliveira.

 Tempos difíceis aqueles, desde 1947, data da 1º acta subscrita pelo Sr. Manuel Faria, enquanto Presidente da Comissão Instaladora que, mais tarde em 1951, deu posse à primeira direcção, presidida ainda pelo mesmo Sr. Manuel Faria e que se manteve em funções até 1954. Pelo meio muitas coisas se foram fazendo, sendo a mais valiosa de todas a autorização do Ministro das Corporações para a construção da futura sede e a negociação do terreno para a sua edificação.

 A 24 de Fevereiro de 1954, toma posse nova direcção presidida pelo Sr. José Ribeiro Ferreira e no mesmo dia, são abertas as propostas para a construção deste edifício, processo já encaminhado pelo seu antecessor.

O sonho destes últimos anos e destes dois homens grandes de Vizela estava em vias de se concretizar e em 14 de Outubro de 1956, com toda a pompa e circunstância, este edifício é inaugurado por sua excelência o Ministro das Corporações e Obras Públicas. 

Novos horizontes se abriam para todos, principalmente para todos aqueles que dependiam diretamente da Casa do Povo e muitos eram, porque a sua área de envolvência era mais de uma vintena de freguesias do então concelho de Guimarães.

 Em Fevereiro de 1967, José Ribeiro Ferreira, cedeu o seu lugar ao Sr. Idóquecio Rodrigues Pimentel. Eram já tempo de reivindicações. Pelo mundo inteiro corriam ventos de mudança. A juventude vizinha da Casa do Povo participava já ativamente, na vida da associação. E encontraram no Sr. Pimentel um interlocutor interessado e apoiante. Criou-se o Centro juvenil Cultural e Recreativo da Casa do Povo de Vizela, do qual fui sócio fundador. Ténis de Mesa, Futebol, Teatro e cinema foram as atividades mais acarinhadas pelo Sr. Pimentel.

As alterações políticas introduzidas com o 25 de Abril trouxeram muitas mudanças e a inclusão dos trabalhadores rurais no Sistema Social de Segurança Social, esvaziou muitas das Casas do Povo e estas, em alguns locais, perderam muita da sua importância. Em Maio de 1976, face às incertezas derivadas da revolução e para que não haver um vazio, foi criada um Comissão Administrativa. Foi seu primeiro Presidente, o Sr. José Ribeiro, que de forma muito significativa e entusiasta, continuou a apoiar os jovens que frequentavam esta casa. Foi com ele que se fizeram os primeiros Torneios Abertos de Nível Nacional, em Ténis de Mesa, dando sempre o seu apoio incondicional. Mas uma comissão Administrativa não pode viver para sempre e em 25 de Maio de 1981, Baltazar de Oliveira toma conta dos destinos desta Casa do Povo.

Trinta anos! Trinta anos que Baltazar de Oliveira se manteve ao leme desta casa. E muitas foram as suas obras, as suas ações. Ampliação do salão, criação de um novo bar, lançamento de diversas e novas secções desportivas e culturais. Atividades, conquistas, participação e discussão em sede da federação das casas do povo, sempre em prol do melhor para a “sua” Casa do Povo.

São estes homens que queremos recordar e, sem mais delongas, solicitava aos familiares do Sr. Manuel Faria, D. Lídia Faria, do Sr. José Ribeiro Ferreira, Sr. Joaquim Lopes Vaz, do Sr. Idóquecio Pimentel, Sr. Luís Pimentel, do Sr. José Ribeiro, Sr. Agostinho Ribeiro e ao Sr. Baltazar Oliveira, o especial favor de nos ajudarem a descerrar as fotos irão embelezar o nosso salão, perpetuando a sua passagem por esta casa e o penhor da nossa gratidão

Mas, seriamos ingratos se nos quedássemos já, esquecendo-nos de alguns amigos que merecem a nossa consideração pelo muito que nos têm ajudado. Não. Não nos esquecemos e, uma vez mais, esta direcção da elaborou Diplomas de Reconhecimento., para alguns bons amigos desta casa.

E, nesse sentido, solicito ao Sr. Fernando Abreu, que se aproxime de nós, para das mãos do Sr. Presidente da Assembleia Geral, receber o Diploma de Gratidão, que esta direção resolveu atribuir-lhe, por tudo quanto tem feito em prol desta coletividade.

No mesmo sentido, peço ao Sr. André Cunha para se abeirar de nós e da mesma forma receber o Diploma de Gratidão, das mãos do Sr. Vice- Presidente da Direção Sr. Adelino Cunha. 

Seguidamente, solicito ao Sr. Arlindo Fontes, Socio nº homem desde sempre ligado a esta casa, participando ativamente em todos os momentos altos da sua querida Secção de Damas Clássicas, para se aproximar de nós, por forma a receber o seu Diploma de Sócio Honorário, das mãos do Presidente da Direção.


Finalmente, peço ao Sr. Fernando Lopes Cunha, sócio nº para se juntar a nós, para aqui também receber o Diploma de Sócio Honorário que esta direção decidiu atribuir-lhe, diploma este que desejamos seja entregue pelo Sr. Presidente da Câmara de Vizela.

 Minhas Senhores e meus Senhores

 Estou prestes a terminar, mas não o queria fazer sem lhes mostrar algo mais. Algo que ficará a marcar mais um momento grande vivido nesta casa. Mais um momento em que se homenageia o passado. Mais um momento em que, homenageando o passado nos projetamos no futuro, dizendo às gerações vindouras que preservar, difundir e salvaguardar a história, é prevenir o futuro.»
 

 

 

Partilhar