OPINIÃO: O ddV e as autárquicas

Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.
Fernando Pessoa
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Há mais de um mês fui convidado a concorrer às eleições autárquicas de Vizela na qualidade de independente e, de, assim me reconheceram: “Vizelense eternamente apaixonado pela sua terra natal”.
Pedi e deram-me tempo para estudar a proposta porquanto em toda a minha vida apenas havia concorrido uma vez em eleições autárquicas (aconteceu na década de 80 numa lista unitária à freguesia de S. João das Caldas elaborada pelo MRCV e que visou colocar um ponto final no vazio autárquico que fora imposto pelos boicotes eleitorais) e porque nunca pertenci - nem pertenço - a qualquer partido.

Sendo uma situação nova para mim, expus o teor do convite a familiares, a gente que lutou ao meu lado na rua pela criação do Concelho e, sobretudo, quis ouvir a decisiva opinião do meu “guia espiritual político”, Manuel da Costa Campelos.
Encontrei-me propositadamente com este grande vizelense em sua casa sem saber que viria a ser mais tarde apoiante de uma das listas concorrentes às próximas eleições.

O líder histórico do MRCV e cidadão honorário de Vizela, respondeu-me num ápice: «ACEITE» e acrescentou «Você gosta muito de Vizela como eu gosto, pode dar ainda muito à nossa terra. Aceite».

Assim, com o anúncio público do meu nome, iniciei um novo desafio na minha vida: ser candidato às eleições autárquicas de 29 de setembro.
Faço-o pela minha amada terra, como fiz tudo até aqui.


Como homem livre e amante da liberdade, sempre respeitei as opções políticas de todos. Espero merecer igual respeito!

Finalizo dizendo que sinto enorme orgulho em ter amigos em todos os partidos e espero continuar a manter uma relação amistosa com todos eles e vizelenses em geral.

O ddV

No último dia 17 de julho transmiti à Entidade Reguladora da Comunicação Social a possibilidade de me candidatar nas próximas eleições.
Embora a Lei Orgânica não impeça ninguém de concorrer a um ato eleitoral autárquico por estar vinculado a um órgão de informação, solicitei (e paguei) à ERC o averbamento de alterações na ficha técnica que brevemente estarão disponibilizadas no site dessa entidade que regula a comunicação social e no ddV.

As quatro candidaturas aos órgãos autárquicos de Vizela terão um espaço de primeira página (gratuito), no ddV onde poderão expor, até 27 de Setembro, todas as suas ideias e propostas de forma a convencerem o eleitorado a votarem nelas e do que é melhor para Vizela.
Devem enviar toda a informação que julguem importante publicar para jornal@digitaldevizela.com

Os restantes cidadãos têm (como sempre tiveram) a página do Correio dos Leitores, onde podem expor as suas ideias, críticas e outras observâncias que sejam importantes para o nosso concelho ou para outra situação qualquer, desde que devidamente identificadas como estipula a Lei.

Fica a garantia que o ddV manter-se-á de portas abertas a todos, independentemente da raça, credo, cor, nacionalidade, política, condição -- ou do lugar onde está!
Acreditem que se o ddV acabasse (ou nunca tivesse existido) eu (que o faço apenas por paixão a Vizela e ao seu Povo) seria a pessoa que menos perderia pois ter-me-ia facultado imensas horas de descanso, de lazer, de sono e de convívio familiar. E também não sofreria certas injustiças...e ingratidões.

 Mas o ddV é hoje uma bola de neve que não pode parar pois a sua caminhada tornou-se uma ajuda indispensável a milhares de pessoas e instituições. Por isso tem de seguir em frente.
Vizela não seria a mesma sem os seus órgãos de informação.
Todos fazem falta e são importantes!

Desejo uma boa campanha eleitoral a todos.
VIVA O CONCELHO DE VIZELA.

Manuel Mendes Marques



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