Um jogo de futebol a 200 km de distância duma terra habituada a sofrer e a alcançar as vitórias no limite, no fio da navalha.
Vitória que hoje esteve tão perto de acontecer...não tivesse Luís Ferraz falhado uma grande penalidade.
Lágrimas em jovens adeptos, alguns deles ainda não nascidos a 19 de março de 1998 aquando a criação do concelho, em jogadores, treinadores e dirigentes.
Os confrontos com a polícia pela frente e alguns feridos ligeiros a fazer recordar o 5 de agosto de 82.
Mais do que um jogo que o Vizela perdeu, (empatou) a partida de hoje em Trás os Montes fez renascer a mística vizelense, a união de todos, as lágrimas, o grito de revolta, a hegemonia e a esperança que o futuro continuará a ter gente que ama avassaloramente esta terra que é de todos nós e um dia criou um novo município na rua na maior luta municipalista da história de Portugal.
Hoje, seguramente, Vizela perdeu uma subida de divisão...mas ganhou ( ou recuperou) um povo.