Comunicado do Hospital Guimarães

A propósito de notícias publicados sobre o Centro Hospitalar do Alto Ave
com o título “A Ordem dos Médicos denunciou "situações indignas" no Hospital de Guimarães”, informamos:

1. Nas últimas semanas, o Centro Hospitalar do Alto Ave registou uma forte procura do Serviço de Urgência, o que está relacionado com o pico de gripe que é habitual nesta época do ano. Esta forte afluência ao SU  tem levado a um incremento do número de internamentos de doentes provenientes deste Serviço e a situações temporárias camas estacionadas nos corredores, que na generalidade se reportam a casos de doentes com alta clinica ou que aguardavam transporte para o domicílio/ para uma unidade cuidados continuados. Não obstante esta realidade, o CHAA não se revê na expressão “doentes tratados com indignidade”. Antes reafirma que todos os doentes são tratados com os melhores recursos existentes e que se lhes são ministrados os melhores cuidados possíveis. Como resposta a este excesso de procura, realça-se ainda a recente abertura de 30 camas de internamento no CHAA e a disponibilização de mais de 30 camas de retaguarda em unidades pertencentes às Santas Casas da Misericórdia da região.

2. Relativamente ao Serviço de Urgência, reitera-se que o número de profissionais médicos é suficiente e que foi recentemente reforçado para dar resposta ao excesso de procura que se verifica. O efeito desse reforço já é visível na resposta do SU aos doentes que o procuram e materializou-se já numa redução dos tempos de resposta deste Serviço.

3. No que respeita ao Serviço de Radiologia, o CHAA foi recentemente confrontado com a saída de 3 radiologistas, o que criou uma pressão acrescida sobre este Serviço. De qualquer forma, reafirma-se que o Serviço dispõe de 4 profissionais contratados (a que acresce 1 em prestação de serviços) e de 27 técnicos de radiologia e que a resposta aos pedidos está assegurada, 24 horas por dia, quer através do trabalho destes profissionais, como através da realização de exames em unidades convencionadas com o CHAA (incluindo o recurso à Teleradiologia, designadamente no caso dos exames de TAC).

4. O CHAA refuta ainda qualquer falta de material/consumíveis clínicos/medicamentos. Mais acrescenta que atualmente não tem qualquer divida vencida a fornecedores, dispondo assim de condições de negociação reforçadas junto dos seus fornecedores.

5. Realça-se ainda que, nos últimos dois anos, o CHAA não teve redução do valor global das receitas provenientes do Ministério da Saúde e que, em 2014, foi alvo de investimentos por parte do Ministério da saúde, sob a forma de aumentos de capital, no valor total de 22 milhões de euros. Nos últimos anos, o CHAA contratou 46 médicos e tem mais 19 contratações em curso. Investiu em novos equipamentos e reabilitou serviços que estavam em situação de grave carência. O CHAA aumentou a sua atividade para níveis sem precedentes, reduziu consideravelmente os seus tempos de resposta para consultas e cirurgias, obteve os melhores resultados de qualidade de sempre e obteve, pela primeira vez na sua história, resultados financeiros equilibrados. Sem prejuízo disso, continuaremos a trabalhar para melhorar continuamente o nosso desempenho, no sentido de prestar o melhor serviço possível às populações que servimos.

Ao dispor.
O Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Alto Ave.

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