Pedro Barroso com prémio de carreira

"Como forma de reconhecimento da sua actividade como autor e pelo exemplo e estímulo que representa para a comunidade dos autores portugueses" a Medalha de Honra de Carreira,
distinção da responsabilidade da SPA-Sociedade Portuguesa de Autores, em 2017 é atribuída a PEDRO BARROSO. A cerimónia está marcada para as 18h de dia 22 de Maio na SPA.



Pedro Barroso - músico, autor e compositor (Lisboa, 1950)

Vai com dias apenas para Riachos, terra de seu pai, que ali era professor. Vindo a família para Lisboa, com 10 anos, inicia estudos musicais na Fundação Musical dos Amigos das Crianças, de Adriana de Vechi.
Estreia-se muito jovem no Teatro radiofónico com Odete de St-Maurice na ex-Emissora Nacional (1965) e, como cantautor, no “Zip-Zip” (1969). Grava o EP “Trova-dor” (1970) e integra alguns anos o Teatro Experimental de Cascais, sob a direcção de Carlos Avilez.

Licencia-se em Educação Física (INEF, 73) e foi professor do Ensino Secundário mais de 20 anos. Concluirá mais tarde pós-graduação em Psicoterapia Comportamental (H.J.M. 88).
Integrou em inúmeros “Cantos livres” e “Sessões de baladas” a geração de cantores que fizeram resistência à Ditadura e lutaram pelas liberdades democráticas, antes do próprio 25 de Abril.
Colaborou, depois, activamente, nas campanhas de Dinamização cultural do MFA. Actuou intensamente no País e nas Comunidades. Integrava, nessa altura, a Cooperativa Era Nova, pelo que acompanhava regularmente Zeca Afonso, Adriano e outros históricos autores da Resistência. Numa fase mais popular, compôs êxitos de grande sucesso. Aprofundou, entretanto, estudos da Música, Canto e Composição com vários professores. Geralmente escreve, orquestra e dirige os seus próprios trabalhos. Editou com regularidade uma obra dispersa por várias editoras.

Actuou em praticamente quase todas as grandes salas portuguesas: - Coliseus, Aula Magna, Fórum Lisboa, Rivoli, Teatro Circo, Tivoli, Teatro S. Luiz... E por tantas outras em todo o país. Cidadão do Mundo, foi convidado e actuou em países como Alemanha, Bélgica, Brasil, Canadá, Croácia, EUA, Espanha, França, Holanda, Hungria, Luxemburgo, China, Suíça e Suécia. Em alguns deles, também na TV. Deu ainda palestras nas Universidades Clássica e Católica de Lisboa, de Nijmegen, Estocolmo, Toronto e Budapeste. Fala fluentemente espanhol, italiano, alemão, inglês e francês e…português.

Recebeu até hoje vários diplomas de mérito, menções e prémios nacionais e estrangeiros. É cidadão de honra das cidades de Newark e Danbury (USA) e de várias cidades e vilas nacionais. Em 1994 actuou no Luxemburgo, no âmbito do Ano Europeu da Cultura e foi ainda agraciado nesse ano pela Casa do Ribatejo com o título de “Ribatejano Ilustre”. Com a atribuição a José Saramago do Prémio Nobel da Literatura torna-se num dos muito poucos autores que com ele compartilha obra editada.

Redigiu em 2002 o polémico Manifesto sobre a Música Portuguesa que promoveu uma discussão pública entre os Autores, e que culminaria numa nova Lei da Música Portuguesa na rádio.
A par com uma fecunda Discografia como autor e compositor (cerca de 30 discos editados, entre Ep’s, Singles, LP’s, CD’s, Antologias várias e discos colectivos), tem publicado também poesia (“Cantos falados” Ed. Ulmeiro, 1996; “das Mulheres e do Mundo” Ed. Mirante, 2003) - e ficção (“o País Pimba”, 2005; “Contos anarquistas”, 2009 e Memória inútil de mim, 2012). É homenageado em 2008 na Gala “Vozes de Abril”, promovida pela Associação 25 Abril no Coliseu de Lisboa, como integrando historicamente o grupo dos que “muitas vezes em condições difíceis, deram o seu contributo artístico e cultural e ajudaram a criar condições para que a Liberdade fosse conquistada”.

Comunicador de referência - por vezes apontado como um último “Trovador“ português - cria em palco um estilo coloquial, tornando cada noite num emotivo encontro de amigos, como prova o seu CD/DVD “Memória do Futuro” (2013) gravado num Teatro Rivoli, entusiástico e repleto.
Após graves e impeditivos problemas de saúde durante 3 anos, regressou em 2017, com grande sucesso, esgotando grandes salas como o Tivoli em Lisboa e o Coliseu do Porto.
Em Abril de 2017 edita o CD “Artes do Futuro” recebido com grande apreço da crítica.

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