Vizela desce de divisão com a promessa de voltar

A descida de divisão é sempre um momento triste na história de qualquer clube. 
O Vizela sentenciou hoje a descida de divisão diante de um Freamunde que já estava condenado à descida.
Mas a promessa de que no próximo ano terá uma equipa capaz de assegurar o regresso às provas da Liga já foi anunciada.

Na próxima época o Vizela volta aos campeonatos não profissionais onde há uma diferença enorme das provas da Liga quer ao nível das instalações desportivas, equipas, arbitragens e organizações de jogos, mas esse é o caminho que tem de percorrer para voltar na época seguinte a uma prova profissional.

Para o final da presença do Vizela neste campeonato falta apenas jogar com o Varzim no próximo domingo uma partida que já não conta para nada.
Para trás ficará uma época onde o Vizela conheceu enorme infelicidade ao nível das lesões, bastando salientar os casos graves de João Vieira, Mário Mendonça, Panin, Diogo Lamelas, Felipe Martins (acabou por não cumprir o contrato todo devido à gravidade da sua lesão e à necessidade do Vizela inscrever jogadores alternativos), Felipe Augusto, entre outros.

Nesta época registaram-se três mudanças de treinadores o que afetou também a equipa: Ricardo Soares saiu para o Chaves, entrou Rui Quinta em dezembro que foi despedido algum tempo depois, entrando para o seu lugar Carlos Cunha treinador do S. Martinho do Campo.

Apesar da contestação que Ricardo Soares foi suportando desde as bancadas (pelos adeptos do costume), o Vizela militava num lugar confortável a meio da tabela. Após a sua saída deu-se o declínio.
Ricardo Soares teve ainda o condão de eliminar o Moreirense da Taça de Portugal onde Panin foi autor do golo da vitória.

Rui Quinta teve um bom jogo nas sua passagem por este clube quando colocou o Vizela a bater o pé ao Vitória de Guimarães na Taça da Liga e foi empatar a Paços de Ferreira. Do jogo com o Benfica o Vizela deu pouca conta de si mas o feito de jogar no estádio da Luz diante do campeão nacional foi algo marcante desta época e deste clube que teve, assim, uma passagem meritória pela Taça da Liga.

Rui Quinta saiu de Vizela logo após a derrota em Penafiel mas com esta expressão: «Eu tenho a certeza que comigo o Vizela não ia descer de divisão. Continuo a acreditar que não vai descer».

Carlos Cunha, dois dias depois de chegar a Vizela, entrou com um empate frente ao Covilhã em casa mas a jóia da sua coroa foi a vitória sobre o líder Portimonense. O empate em casa do Porto B, onde o Vizela mostrou uma forma de jogar diferente dos piores jogos de Rui Quinta, deixavam antever que a salvação da equipa seria uma certeza até porque os desígnios das jornadas seguintes eram favoráveis: receber em casa o último Olhanense (desceu de divisão em Vizela com um empate) e depois equipas que lutavam pela manutenção como o Fafe, Cova da Piedade e Freamunde, Famalicão (fora) faziam prever que tudo era uma questão de os deixar pousar. Mas foram precisamente estes jogos que ditaram o afundamento do Vizela ao registar resultados desastrosos.

Numa época em que os resultados desportivos são o que se sabe, saliente-se que no plano financeiro o Vizela deu um grande passo resolvendo muitas das suas contas e dotando ainda o estádio de iluminação artificial e outras condições depois de constituída a SAD com a SECA.

Na conferência de imprensa de hoje o treinador vizelense referiu que o Vizela não teve sorte nos jogos vitais. Carlos Cunha acredita que na próxima ano o Vizela estará de volta à Liga «pois é aqui o seu lugar».
Sobre o seu futuro, se vai ou não ser o treinador do Vizela na próxima época, disse não ser oportuno falar.

A Direção, liderada por Eduardo Guimarães, promete constituir uma equipa para lutar na próxima época pela subida de divisão. Uma opinião corroborada pela SAD do Clube.
Que assim seja!










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