Câmara vai homenagear quatro personalidades vizelenses, uma instituição e o Povo de Vizela

Manuel Campelos, ex-líder do MRCV e o ex-comandante dos Bombeiros de Vizela, Rogério Caldas serão homenageados a título póstumo. Manuel Jesus da Cunha Marques (Guerra) e Xavier de Freitas serão em presença tal como a Confraria de S. Bento das Peras presidida por José Armando Branco.


As homenagens a estes vizelenses e instituição estão marcadas para 19 de março, feriado municipal de Vizela.

MANUEL CAMPELOS
Foi o timoneiro da luta pela restauração do Concelho de Vizela e fundador do MRCV. O seu nome ficará ligado à rua onde vai ser inaugurado o memorial, em posição virada para o edifício da Câmara da ala onde se encontra a sala presidencial.
Manuel Campelos foi dirigente do FC Vizela, cronista de vários periódicos, mormente do Notícias de Vizela, foi autarca e membro da Junta de Turismo de Vizela. Teve uma vida cheia dedicada a Vizela sendo o rosto nacional e internacional da luta dos vizelenses pela sua independência administrativa.
Faleceu em agosto último com 94 anos.

ROGÉRIO CALDAS
Foi dirigente e comandante dos Bombeiros Voluntários de Vizela, tendo ainda feito parte dos órgãos sociais do Callidas Club. Teve um papel importante na construção do novo quartel dos Bombeiros.
Recebeu diversas condecorações e a título póstumo o seu nome foi atribuído a uma viatura do Parque Automóvel dos Bombeiros de Vizela.
Faleceu em 2017 com 63 anos vítima de doença incurável.

MANUEL JESUS DA CUNHA MARQUES ("Guerra")
Esteve ligado a inúmeras causas de Vizela enquanto a sua saúde (hoje precária) o permitiu. Esteve na fundação da Associação Comercial, foi jogador do FC Vizela, redator do Notícias de Vizela, dirigente de relevo da Sociedade Filarmónica Vizelense tendo o seu nome ligado a uma sala de leitura da sede desta instituição, fez parte de inúmeras Comissões de Festas, do Grupo Vizela a Cantar e do Conjunto Alegria, do Grupo Coral de S. Miguel, do Grupo os Amigos da Ponte Velha, etc.
Marques Guerra foi um grande lutador pela criação do concelho de Vizela tendo sempre o cuidado de ensinar os mais novos a amar Vizela.

XAVIER DE FREITAS
Empresário no ramo da venda de materiais de construção tem sido um filantropo colaborando com inúmeras causas de Vizela estando sempre pronto a ajudar quem lhe bate à porta. Foi o líder do Grupo de Reis da Casa do Povo de Vizela destacando-se na atividade deste grupo musical o cantar das janeiras na residência oficial do Primeiro ministro, António Guterres; foi presidente do Rotary Club de Vizela, cargo que voltará a desempenhar a partir do próximo mês de junho; é atualmente o presidente do Conselho Fiscal do Futebol Clube de Vizela, foi dirigente dos Bombeiros e da Comissão Paroquial de S. Miguel entre outros organismos.
Com o seu acordeão, Xavier de Freitas incentivou os vizelenses na luta do concelho, estando sempre pronto para qualquer ocasião em que fosse necessário.

CONFRARIA DO SANTUÁRIO DE S. BENTO DAS PERAS
Surgiu já depois de Vizela ser elevada à categoria de concelho (em 1999), tendo em Alcides Campelos um dos principais motores para a sua criação, acompanhado por um grupo de vizelenses que pugnavam junto do cónego Melo de Braga e do arcebispo a constituição desta Confraria. Em 21 de Junho de 1999, o recinto religioso com duas capelas é elevado à categoria de Santuário por ordem do arcebispo D. Eurico Dias Nogueira.
Alfredo Ribeiro, falecido em 2017 num acidente e homenageado o ano passado a título póstumo pela Câmara e Confraria de S. Bento, foi o seu primeiro presidente. Hoje a CSP é liderada por José Armando Branco.
Os investimentos operados na ermida do padroeiro de Vizela são as notas de relevo desta instituição que a autarquia vizelense vai homenagear a 19 de Março. Concursos de fotografia, plantação de árvores e o maior painel do país de azulejos pintados à mão pelos alunos das escolas do concelho e expostos no Túnel da Cor, foi das atividades mais reconhecidas publicamente.

POVO DE VIZELA
Vinte e um anos após a criação do concelho de Vizela a 19 de março de 1998, foram já muitos os vizelenses que desapareceram e não assistirão por isso a esta homenagem promovida pela Autarquia que ajudaram a criar vai proporcionar. Em todo o caso, aqueles que cá está saberão contar o quanto de apaixonante teve uma luta única no País e que apaixonou milhões de pessoas de fora de Vizela.
Houve dor, revolta, lágrimas e até sangue mas o resultado foi a vitória final.


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