PSD contra mais impostos quer melhores serviços públicos


Forte onda laranja no Minho: mais de 2500 pessoas apoiaram Rui Rio em Esposende, na Quinta da Malafaia onde uma esteve representada, uma comitiva de vizelenses liderada pela candidata Cidália Faria (9ª na lista de Braga) no maior comício estas legislativas





No maior comício de campanha de todos os partidos nestas eleições legislativas, o presidente do PSD, Rui Rio, foi recebido em grande ambiente de festa e entusiasmo, com mais de 2.500 pessoas a sobrelotarem a Malafaia, em Esposende.

Autarcas e apoiantes dos distritos de Braga e Viana do Castelo juntaram-se na noite de segunda-feira numa manifestação de força do Partido Social Democrata, culminando uma jornada de forte mobilização 'laranja' no Minho.

Assumindo ter "muitas costelas" minhotas, Rui Rio foi recebido durante o dia na Adega Cooperativa de Monção e nas ruas de Viana do Castelo, passando ainda pelo centro da cidade de Barcelos - cidade que conhece tão bem que, ali, "até podia ser taxista" -, antes de chegar à Quinta da Malafaia.

Acompanhado pelos cabeças-de-.lista pelos distritos de Braga, André Coelho Lima, e de Viana do Castelo, Jorge Salgueiro Mendes, o líder do PSD aproveitou para marcar a diferença de um governo socialdemocrata em relação à governação socialista, que continua a agravar a dívida portuguesa e a degradar os serviços públicos.

Rui Rio assegurou que, se formar Governo, quem mandará na saúde será o ministro do setor e não o das Finanças, como acontece no atual Governo socialista com Mário Centeno.

“E fica aqui uma promessa, esta é que é mesmo uma promessa: face à situação em que está o Serviço Nacional da Saúde, eu vos garanto que, se nós ganharmos as eleições e fizermos Governo, quem vai mandar na saúde vai ser o ministro da Saúde e não o ministro das Finanças”, disse o líder socialdemocrata.



Contra regresso do imposto sucessório

Lembrando que o atual Governo impôs a maior carga fiscal aos portugueses “desde o D. Afonso Henriques”, Rui Rio desafiou ainda António Costa a desmentir se planeia repor o imposto sucessório, como acenam o PCP e BE.

“Se o Dr. António Costa não desmentir, podem ter a certeza de que se o PS ganhar as eleições vamos ter outra vez o imposto sucessório e os filhos que vão herdar os bens dos pais vão ter de pagar mais impostos”, alertou.

Rui Rio acusou o PS de se comportar “como dono disto tudo” em relação ao Estado quando está no Governo, e deixou um ataque particular ao presidente do PS.

“Esse fenómeno familiar começa, aliás, no presidente do PS: o deputado Carlos César é o campeão a conseguir meter os seus familiares nos cargos públicos”, acusou. O presidente do PSD considera que “pulverizar o Estado de ‘boys’ e ‘girls’” é uma característica de o PS a governar. “O PS a governar toma o Estado como se fosse seu e como se fosse a sua família”, apontou.



Menos carga fiscal, com mais receita

Rui Rio diz que “as características do PSD a governar são outras”, destacando a promessa de redução fiscal e acusando o Primeiro-Ministro de “não dominar os números das finanças públicas”.

“Ouvi o Dr. António Costa dizer ontem na RTP que tínhamos aqui uma fantasia, porque baixamos em 3,7 mil milhões de euros os impostos e conseguimos a magia de a receita fiscal crescer 2 mil milhões de euros. Meus amigos, nós prevemos que a receita vá crescer não 2 mil milhões, mas 5,4 mil milhões”, frisou.

O líder do PSD reiterou o desafio ao ministro das Finanças para que aceite debater as contas dos dois partidos, depois de Mário Centeno ter recusado fazê-lo com o porta-voz do partido para as Finanças Públicas, Joaquim Sarmento. “O professor Álvaro Almeida, candidato pelo Porto, já está disponível para debater com Mário Centeno. Vamos ver, este começa por A, se ainda não servir passaremos a alguém cujo nome comece por B a ver se ela aceita”, afirmou.

Antes, o cabeça de lista por Braga, André Coelho Lima, acusou o Governo socialista de “mistificação, cativação e falta de noção”, reprovando a governação enganadora do PS de António Costa, que aumento a carga fiscal para máximos históricos, continua a aumentar a dívida e a estrangular os serviços públicos, como a saúde e a educação.

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