AMÁLIA, com nome gravado em Vizela, faria hoje 100 anos

Amália da Piedade Rebordão Rodrigues nasceu em Lisboa a 23 de julho de 1920 e faleceu na mesma cidade a 6 de outubro de 1999. Na foto de 19 de março de 1998, Amália dando autógrafos aos vizelenses em festa.

Se fosse viva, Amália Rodrigues, o maior símbolo de sempre da música portuguesa, faria hoje cem anos de idade.
Como a foto documenta, Amália sentida por Vizela um grande carinho. Quando foi abordada pelo Movimento para a Restauração do Concelho de Vizela disse logo apoiar a reivindicação dos vizelenses assinando a petição em curso.
Por milagre do destino, no dia 19 de março de 1998, quando os vizelenses vinham a festejar a reconquista do seu concelho, Amália Rodrigues encontrava-se na varanda de sua casa na Rua de S. Bento em Lisboa. Os vizelenses lançaram-lhe bonés, bandeiras (no restaurante Avelino pode ver uma bandeira encaixilhada com a assinatura de Amália no dia 19 de março) e outros adereços que levaram até à Assembleia da República que Amália autografou sempre com um enorme sorriso enquanto o povo gritava: AMÁLIA, AMÁLIA, AMÁLIA.

NOME EM RUA
A Comissão Instaladora do Município de Vizela presidida por Francisco Ferreira, aprovou, por proposta de Manuel Campelos, líder do MRCV, o nome de Amália para uma rua próxima do mercado municipal de Vizela (quando era pequena Amália ia vender laranjas para o Mercado da Ribeira em Lisboa) onde fica situada a sede da AIREV e a Escola Básica.
Amália cantou pelo menos duas vezes em Vizela: a primeira em 1970 numa noite de muita chuva no Parque, com a artista a dizer que não iria defraudar o público e por isso cantou de guarda chuva aberto. Mais tarde atuou no Campo Agostinho de Lima no decorrer dos Jogos Sem Barreiras da RTP.


BIOGRAFIA (Wikipédia)
Amália foi foi uma cantora, actriz e fadista portuguesa, geralmente aclamada como a voz de Portugal e uma das mais brilhantes cantoras do século XX. Está sepultada no Panteão Nacional, entre outras pessoas portuguesas ilustres.

Tornou-se conhecida mundialmente como a Rainha do Fado e, por consequência, devido ao simbolismo que este género musical tem na cultura portuguesa, foi considerada por muitos como uma das suas melhores embaixadoras no mundo. Aparecia em vários programas de televisão pelo mundo fora, onde não só cantava fados e outras músicas de tradição popular portuguesa, como ainda canções contemporâneas (iniciando o chamado fado-canção) e mesmo alguma música de origem estrangeira (francesa, americana, espanhola, italiana, mexicana e brasileira). Marcante contribuição sua para a história do Fado, foi a novidade que introduziu de cantar poemas de grandes autores portugueses consagrados, depois de musicados, de que é exemplo a lírica de Luís de Camões ou as cantigas e trovas de D. Dinis. Teve ainda ao serviço da sua voz a pena de alguns dos maiores poetas e letristas seus contemporâneos, como David Mourão Ferreira, Pedro Homem de Mello, José Carlos Ary dos Santos, Alexandre O'Neill ou Manuel Alegre. Rodrigues falava e cantava em castelhano, galego, francês, italiano e inglês. Em 1943 iniciou sua carreira internacional, actuando no Teatro Real de Madrid. Entre 1944 e 1945, ficou 8 meses em cartaz no Casino Copacabana. Sua estreia no cinema deu-se em 1947, com o filme Capas Negras, considerado um marco no cinema europeu e latino, tendo ficado mais de um ano em cartaz e sendo o maior sucesso do cinema lusitano até hoje.[5] A canção "Coimbra", atingiu a segunda posição da tabela Billboard Hot 100, da revista dos EUA Billboard, em 1952. Em maio de 1954,

Amália foi capa da mesma revista EUA, pois o álbum Amália in Fado & Flamenco atingiu a primeira posição entre os mais vendidos nos Estados Unidos. Neste mesmo ano, actuou no Radio City Music Hall em Nova Iorque por 4 meses. Na década de 1970, embora estivesse no auge da sua fama internacional, sua imagem em Portugal foi afetada por falsos rumores de que Amália tinha ligações com o regime do Estado Novo, de António de Oliveira Salazar. Na verdade, o antigo regime censurou muitos de seus fados. Amália reconquistou a popularidade com o povo português, cantou o hino da Revolução dos Cravos, a canção "Grândola Vila Morena" e deu dinheiro para o Partido Comunista Português clandestinamente.

Até à sua morte, em outubro de 1999, 170 álbuns haviam sido editados com seu nome em 30 países, vendendo mais de 30 milhões de cópias em todo o mundo, número 3 vezes maior que a população de Portugal.

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