Recentemente foi descoberto poor António Cunha um precioso artigo publicado no extinto jornal Noticias de Guimarães de 10 de maio de 1953, da autoria de Francisco Armindo pereira da Costa
(Júlio Damas) reclamando à Câmara de Guimarães uma homenagem, "um nome de rua que fosse" a Joaquim Chicória. De facto, o nome de Joaquim Chicória já faz parte da toponímia de Vizela atribuído a uma rua em S. Miguel das Caldas; também a uma sala de exposições no Turismo atribuído pela atual Câmara, na sede da Sociedade Filarmónica Vizelense consta a sua imagem ao lado do nome de diversas obras que compôs, sem contar com a publicação de livros sobre a sua história de vida e arte, teses, gravações de cds com as suas melodias e agora a Casa da Cultura. A reivindicação de Francisco Costa, aquando a homenagem de 1953 que os Bombeiros prestaram a Joaquim Chicória na casa onde nasceu na Praça da República em Vizela, parece estar a ser cumprida.
Esta obra vem no seguimento da política de requalificação do centro urbano de Vizela implementado por este Executivo Municipal através do Plano de Ação - Regeneração Urbana Sustentável - RUS, que integra um conjunto de intervenções integradas nos espaços públicos, potenciando a sua atratividade e reforçando a identidade do centro, para que esta não se perca ou sofra descaracterizações, dando uma nova vida a esta área, ao mesmo tempo que potencia a intervenção dos privados.
A obra da Casa da Cultura, no edifício do antigo matadouro, é um projeto que foi submetido, a 2 de abril de 2019 e aprovada a 6 de junho de 2019, ao Aviso Norte 28 – 2018 – 04 – Estratégias de Eficiência Coletiva PROVER – Projetos Ancora, tratando-se de um projeto novo e que nada se relaciona com a anterior candidatura submetida pelo anterior Executivo.
Esta candidatura tem o valor de 199.990,00€, com uma comparticipação inicial de 52.134,79€, mas que fruto de uma reprogramação foi reforçada, sendo agora o valor da comparticipação de cerca de 119.000,00€.
A obra da Casa da Cultura traduz-se na recuperação de um edifício centenário, de matriz tradicional construtiva, transformando-o numa Casa da Cultura de Vizela, recuperando o imóvel nas suas características físicas tradicionais e transformando e adaptando o seu interior para atividades culturais a desenvolver em Vizela.