Faleceu Prof. Rosa Maria

Docente da Escola dos Enxertos em S. João das Caldas, era figura muito estimada no Concelho de Vizela. 

Rosa Maria Alves, natural e residente em Vila das Aves era considerada mais do que uma professora pois não se limitava apenas à sua profissão cumprindo em Vizela um papel didático de defesa do meio ambiente e da vida animal como reconhece a Coração Azul e diversas referências recebidas da Câmara de Vizela. Padecia de doença incurável vindo a falecer ontem. Era casada e tinha uma filha de maior idade. O funeral ainda não tem data marcada. Nas redes sociais os seus alunos e ex-alunos recordam "a brilhante professora". A vereadora da Educação, Agostinha Freitas recorda Rosa Maria Alves como uma professora excelente, dedicada, que fazia tudo com paixão". Recebeu vários prémios, fazia parte do Conselho Municipal da Educação e era coordenadora dos professores do pré escolar do Agrupamento das Escolas de Vizela. Deu muitas aulas de formação. 


 Nota de pesar da Coração Azul "Obrigado PROFESSORA ROSA MARIA ALVES 💙😥 É com um enorme pesar que recebemos a notícia que a inspiradora professora deixou de estar connosco! A carinhosa professora dos Enxertos, a "Triquiteira", sempre teve um sorriso pronto para com a Coração Azul. São vários os apontamentos que temos na nossa história onde a professora se cruzou e nunca imaginaríamos que o universo fosse tão injusto para com quem sempre ajudou, educou e tocou com a sua personalidade. Ainda neste verão partilhou connosco um artigo de opinião sobre educação ambiental e o seu alinhamento com o que vamos construindo na Coração Azul. Hoje é um dia triste, perdemos uma amiga, uma 💙 A toda a família queremos enviar os nossos sentimentos e o nosso mais profundo agradecimento por termos privado várias vezes com a PROFESSORA e crescido com os seus ensinamentos! Medalha de Ouro 🏅" ARTIGO DE OPINIÃO DA AUTORIA DA PROF. ROSA MARIA ALVES 4° Artigo de opinião 💙 Depois da perspectiva que todos tivemos a oportunidade de ler da professora Fátima, chega-nos mais um interesse artigo da inspiradora professora Rosa Maria Alves ➡️ 📖 Educação Ambiental nos Jardins de Infância? Sim, urgentemente! Educar significa exatamente alargar os horizontes, expandir os conhecimentos e experiências de que as crianças são portadoras ao chegarem à escola. Tal propósito pressupõe que se proporcione aos alunos o contacto com realidades e situações que saiam dos estritos limites do seu meio local, do que podem ver e experienciar diretamente. (Roldão, 1995, p.18) Na Conferência das Nações Unidas sobre o Homem e o Meio Ambiente, realizada em Estocolmo, em 1972, começou a perceber-se que o rápido crescimento da economia e da população mundial ameaçava colidir com os recursos finitos e com os ecossistemas frágeis da Terra. Um desenvolvimento sustentável é, assim, o desafio central do nosso tempo. E porquê trabalhar esta questão na educação pré-escolar? Segundo as Orientações Curriculares para o Pré-escolar (Silva et al., 2016), esta temática encontra-se inserida na área do Conhecimento do Mundo, mais propriamente na componente referente ao Conhecimento do Mundo Físico e Natural, que valoriza o contacto das crianças com a natureza, como forma de promover o desenvolvimento de uma consciencialização para a educação ambiental. Um dos principais objetivos da educação ambiental é o desenvolvimento do espírito crítico, bem como a consciencialização dos problemas ambientais, procurando transformar pessoas e comunidades passivas em agentes ativos, capazes de refletir e de apresentar soluções para os problemas e para a importância da preservação do ambiente e dos recursos naturais. Na sala dos Triquiteiros de S. João a natureza é considerada como uma excelente ferramenta pedagógica, ao ponto de dizerem que o campo e o monte são a sua segunda escola. Um local onde podem dar asas à curiosidade, onde podem explorar (como verdadeiros investigadores) o espaço que os rodeia, onde observam, onde contactam com a natureza em estado puro, onde desafiam os seus próprios riscos, onde se aventuram onde se aprendem a se desenrascar, onde cooperam e interagem com o outro e com o espaço, onde aprendem a ser GENTE, onde (acima de tudo) respiram Liberdade. Por outro lado, desenvolvem o espírito crítico, bem como a consciencialização dos problemas ambientais, procurando transformarem-se em agentes ativos, capazes de refletir e de apresentar soluções para os problemas que surgem, dão opiniões, têm atitudes, vivências, sentimentos, realizam investigações e adquirirem conhecimentos e competências que podem utilizar ao longo da sua vida. São disso exemplo, a promoção de hábitos diários de cuidado do meio ambiente (apanhar lixo do chão, fechar as torneiras, apagar as luzes, evitar os descartáveis, reciclar, compostar), a utilização de situações do quotidiano para questionar e promover a reflexão e interpretação das crianças sobre os fenómenos do meio físico e natural (a planta da sala que murchou, a queda de granizo); a promoção e a participação e responsabilidade das crianças no cuidado e proteção de seres vivos dentro e fora da escola (cuidar de plantas, de animais( gata) e da horta na escola; cuidado com ninhos, plantas e animais nos jardins, parques e espaços verdes fora da escola) que costumam visitar; as idas constantes ao parque, campo e monte, onde estão em contacto com a natureza, onde a observam, conhecem-na e a apreciam; o envolvimento das crianças e famílias na recolha de materiais naturais (sementes de frutos, de cereais e de outras plantas, rochas diversas) e outros materiais (metais, plásticos, papéis, vidro); caminhada de alunos e família, em prol do Rio Vizela. “Se ensinarmos os estudantes de hoje, como ensinamos os de ontem, vamos roubá-los do amanhã”. (Jonh Dewey) RMA Votos de sentido pesar para toda a família.

Partilhar