Chão da Praça vai receber mais de um milhão pedrinhas.

Arquiteto Filipe Costa tem plena confiança de que as obras de reestruturação da Praça da República e Jardim Manuel Faria estarão pronta nos primeiros três meses do próximo ano. Considera que os prazos estão a ser cumpridos duma obra que é trabalhada minuciosamente, basta dizer que vão ser (já estão a ser) colocadas um milhão e duzentas mil pedrinhas no chão da praça com desenhos que fazem parte da história de Vizela. 

ddV - Prazos estão a ser cumpridos? Previsão da conclusão? 

FILIPE COSTA - Sim, neste momento a empreitada está a decorrer dentro dos prazos previstos. Se não surgirem contratempos, a obra deverá estar concluída no primeiro trimestre do próximo ano. 

ddV - Quais são os próximos passos? 


FC - Na Praça da República, após se terminar a calçada, proceder-se-á à colocação do mobiliário urbano e da iluminação, e à plantação das árvores. Irão também ser concluídos os trabalhos na zona que envolve a Bica Quente, e será reposicionada a Vizela Romana. Relativamente ao Jardim Manuel Faria, ainda há muito a fazer: a reaplicação dos pavimentos, o assentamento da escadaria central e da balaustrada, a intervenção no Coreto, o retratamento do jardim e, por fim, a recolocação do mobiliário e da iluminação. Paralelamente, as ruas envolventes continuarão a ser requalificadas. 


ddV - Há uma ideia do número de pedrinhas a colocar no chão da Praça da República? 

FC - Sim. O desenho da calçada da Praça, que se carateriza pela representação dos vestígios romanos existentes no subsolo, obrigou a um trabalho pormenorizado, em que cada forma geométrica foi desenhada pedra a pedra. Portanto, essas contas estão feitas: a Praça terá, no total, 1 260 071 pedras, sendo 339 919 em basalto (escuras) e 920 152 em calcário (claras). 


ddV - O que falta na Bica Quente para concluir? 

FC - Neste momento já se encontra aplicado em volta da Bica Quente o patamar em calcário, que visa dar protagonismo à Bica original, e realçar toda a sua magnitude. Será posteriormente aplicado o banco, que assumirá, por um lado, um papel na definição dos limites entre a Bica e a Praça, e que, por outro, permitirá uma estadia mais íntima no local. Por último, será aplicada a guarda em volta da Bica Quente, a iluminação no seu interior, e o memorial. 

Presidente e Vice da CMV com Filipe Costa em visita à obra antontem.

ddV - Quando se prevê a inauguração? 

FILIPE COSTA - Essa é uma questão que caberá à Câmara Municipal de Vizela definir, parecendo-me, contudo, que, neste momento, e por motivos de várias ordens, nomeadamente relacionados com a pandemia, não será razoável fazer previsões em relação à data da inauguração da obra.

Filipe Costa, sócio da empresa Nidus Ars - Arquitectura e Construção, Lda., responsável pela recente requalificação dos espaços exteriores do quartel da Real Associação Humanitária do Bombeiros Voluntários de Vizela é o responsável pela nova arquitetura que a Praça da República e Jardim, Manuel Faria em Vizela vão receber no final das obras que tiveram o seu início em 1 de abril último. Em entrevista ao ddV o jovem arquiteto vizelense não tem dúvidas que os vizelenses e visitantes vão gostar do produto final de uma das maiores obras das últimas décadas no coração da cidade.



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