(Vídeo) Cobertura de 6.500 quilos (6 toneladas e meia) foi hoje colocada no topo da torre do emblemático imóvel e no fecho desta um bonito pináculo de três metros de comprimento e pesando 200 quilos. A colocação demorou quatro horas e exigiu uma auto-grua especial.
É uma casa que faz parte da história de Vizela, não só porque nela viveu um dos mais distintos clínicos vizelenses, o Dr. Manuel Bravo de Faria, que se tornou conhecido por "médico dos pobres" por não cobrar consultas aos mais desfavorecidos, mas também porque está registada em vários bilhetes postais ilustrados como um dos pontos de interesse arquitetónico.
Manuel Pedrosa (Né), industrial eulalense, apaixonou-se de imediato por este prédio quando o mesmo foi posto à venda. A sua esposa também gostou. Foi uma compra cara, mas a requalificação do prédio, produzida ao pormenor sob o olhar atento do arquiteto Filipe Costa (arquiteto que não responsável pelo projeto de requalificação da Praça da República e Jardim Manuel Faria) fica muito mais dispendiosa.
Manuel Pedrosa não tem deixado nada ao acaso e este será, certamente, um dos edifícios mais vistosos de Vizela logo na entrada da cidade e junto ao Castelo da Ponte.
O arquiteto Filipe Costa esclarece que antigamente as casas eram construídas a pensar na visão que transmitiam para a rua. "Hoje uma casa deve ser um todo, frente e traseira, oferecendo outras condições, com espaços de lazer, daí que foram criadas condições para que esta habitação dê a ideia que está inserida no Parque das Termas, quando na verdade está para cá do rio".
A cobertura, tipo chapéu, mede cinco metros e o seu interior é em aço armado. O pináculo foi desenhado propositalmente para aquele edifício, uma espécie de cereja em cima do bolo, dando-lhe maior imponência.
Manuel Pedrosa suspirou quando foi finalmente colocado o pináculo na estrutura, a cerca de 25 metros do solo, e sorriu de felicidade rematando: "agora falta voltar a pintar a casa de cor de rosa".
