A Quem Interessa a Judicialização da Política?

Carta do Clube da Política do PS de Vizela. 

Desde logo aos Tribunais, que por comodismo dos políticos, encheram os Tribunais de mais poderes, que em muitos casos o órgão do poder “Tribunais”, nem sonhava vir a ter opinião. 
De facto assim é, alguns exemplos: 
 - Um veículo particular de um cidadão com os impostos em dia, cai num buraco não sinalizado na via municipal, reclama e invariavelmente a autarquia visada, não toma decisão política (porque para isso foi eleita), remetendo o caso para decisão do Tribunal; 
 - Um cidadão com os impostos em dia, escrutina a actividade do governo ou do município, às vezes com louvor, e os visados lá recorrem para o tribunal, infelizmente, porque como é hábito entre nós, confunde-se a política com Direito… e sempre se assusta os visados;  
- O aparelho do Estado está exaurido de profissionais, particularmente os que têm funções inspectivas, os arguidos visados nas inspeções recorrem ao Direito, e ao direito que lhes assiste de contestar, e por falta de competências profissionais, a decisão invariavelmente vai para o tribunal decidir, sacudindo o aparelho do Estado a “ água do capote “ e entupindo os mesmos de decisões administrativas, por falta de competências próprias e de coragem política para decidir, quando muitos destes órgãos do aparelho do Estado, são dirigidos por responsáveis de nomeação política. 
 Apenas três exemplos, para justificar que dá jeito a responsáveis políticos individualmente considerados, às instituições dirigidas por políticos, sejam elas autarquias, institutos públicos e serviços do Estado, entre outras, acenar com a decisão Tribunal, desde logo pelo terror que tal atitude causa nos visados, porque tal atitude, pensam os autores, demonstra uma grande transparência. 
 Não é este o nosso pensamento! 
 A nossa Constituição da República, definiu muito bem os órgãos de poder, quer os eleitos, quer os não eleitos e por isso tem todo o cabimento expressar a todo o momento, que neste particular, se deve expressar aqui; - “ à política o que é da política, à justiça o que é da justiça”, assim ganhávamos todos, a democracia saía fortalecida, os tribunais ficavam mais libertos e não teriam que decidir sobre tanta banalidade. Particularmente no poder local, era bom que a política se afirmasse, com diálogo vivo entre os eleitos e os eleitores e não entre “chefes e súbditos”, principalmente em situações de maioria absoluta, em que é necessário evitar o exagero do exercício do poder e muitas vezes o resvalar para acções “exageradamente impositivas”, ou como diz o Povo “ditatoriais”. Vamos refletindo…, pelo bem comum e pelo bom funcionamento das Instituições.   

 O Clube da Política 
 José Manuel Guimarães 
 João Paulo Monteiro 
 Irineu Alves 
 Sílvia Lopes
 Victor Cunha
 Fátima Coelho 
 Rui Cunha 
 Beatriz Cunha

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