Arranca hoje Festival do Fado e Francesinha

A partir de hoje e até domingo a Praça da República e o jardim Manuel Faria recebem o Festival do Fado e da Francesinha que esteve interrompido nos últimos anos devido à Covid-19. 

COIMBRA-CUCA-TERRA


Para esta noite está agendada no jardim, num palco instalado sobre a nova escadaria, a atuação de um grupo de fado de Coimbra.  Amanhã à noite é a vez de atuar a fadista nacional Cuca Roseta e no domingo atuam os fadistas da terra com Anselmo Peixoto, Gabriel Natário, António Amaral, Cláudia Malta, Lina Ferreira, Filipa Lima, Vânia Martins, Lina Ferreira e Joana Silva. 

Diversos stands de bares e restaurantes locais estão instalados na Praça da República de onde serão servidas as francesinhas. 


A FRANCESINHA 

 A Francesinha é um petisco nascido na cidade do Porto, que basicamente se pode exemplificar como sendo feito com duas fatias grossas de pão de forma, ligeiramente torrado, entre as quais é adicionado um bife de vaca, linguiça, mortadela, salsicha fresca e queijo. Cobre-se com múltiplas fatias de queijo por todos os lados e vai ao forno até o queijo começar a derreter. Finalmente deita-se aquele que é o ingrediente mais importante da Francesinha: o molho quente, ligeiramente espesso e picante.

Segundo reza a história, foi um português de nome Daniel David Silva que nos anos cinquenta trabalhava no restaurante “A Regaleira”, no Porto. Tendo sido emigrante em França, ele usou como inspiração uma das sanduiches mais típicas de França, o “Croque-Monsieur”.

A sua ideia foi a de ajustar os ingredientes ao paladar e cultura gastronómica das gentes da cidade do Porto, habituadas a comidas substanciais de sabores fortes e quentes, acabando por criar o famoso molho que é, sem qualquer contestação, a alma de qualquer boa Francesinha.

A diversidade de bebidas alcoólicas nele utilizadas e a sua quantidade, afectam de forma determinante o seu sabor e a sua acidez ou doçura. Existem restaurantes que fazem molhos de excelência cuja combinação de ingredientes é um segredo que dura há gerações.

Mas se o molho é a alma da Francesinha, a qualidade das carnes utilizadas e até o tipo de pão que se usa são a sua estrutura, sendo o paladar final fortemente influenciado pela sua escolha criteriosa.

De confecção barata, tornou-se um prato do povo acabando por se transformar numa das mais apreciadas iguarias da cidade do Porto, ao ponto de existirem restaurantes especializados em Francesinhas.

O site AOL Travel elegeu a Francesinha como uma das 10 melhores sanduíches do mundo, considerando que, apesar do seu diminutivo, esta iguaria de “pequena tem muito pouco”.

No top elaborado pelo AOL Travel a Francesinha aparece ao lado das sanduíches: Roujimao (China), Smorrebrod (Dinamarca), Kati Roll (India), Pan Bagnat (França), Gelato Sandwich (Itália), Indian (Navajo), Taco (Estados Unidos), Chip Butty (Reino Unido) e Cemita (México).

Tal como outras coisas na vida, uma Francesinha não pode ser explicada tem de ser experimentada.

Curiosidades:

– As variantes da verdadeira Francesinha são muitas e regra geral nada têm a ver com a original em termos de sabor final. A mais conhecida é a Francesinha Poveira, nascida na Póvoa do Varzim em 1962, que é feita com pão cacete e cuja versão tradicional não é servida com molho.

TEXTO DO SITE A ORIGEM DAS COISAS

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