Era de Braga mulher que afogou na Póvoa de Varzim.


Como foi noticiado ontem, dado que a Póvoa de Varzim é um destino quase obrigatório de milhares de pessoas desta região, uma mulher morreu, depois de ter sido levada por uma onda na praia da Lagoa, na Póvoa de Varzim.

Dados recolhidos posteriormente dão conta de que a senhora era de Braga e tinha 45 anos. O nadador salvador conseguiu resgatar das águas um homem de 50 anos e a sua filha de 13, vizinhos da senhora falecida que foi arrastada pela forte corrente. O corpo foi recuperado a 300 metros de distância. 

Os três foram passar o feriado à praia e desrespeitaram a bandeira vermelha e vários alertas.

Ontem foi dia do arranque da época balnear e as praias da Póvoa e das Caxinas estavam com muita gente apesar de forte ventania.

Associações de Nadadores-Salvadores deixaram o alerta de que há várias praias na região sem equipas de salvamento. 

O Jornalde Notícias publicou hoje sobre o acidente de ontem:"Estavam na zona de rebentação. Não terão respeitado a bandeira vermelha e ignorado os avisos do nadador-salvador para saírem da água", afirmou, ao JN, o comandante da Capitania da Póvoa de Varzim. 

Ferreira Teles lamenta e renova os alertas para um fim de semana que se espera de calor: "O mar da Póvoa tem muita energia. Há que respeitar as bandeiras e os avisos". "O nadador-salvador diz que a miúda só dizia: "Por favor não me deixes morrer!"", contou, ao JN, Carlos Ferreira. Salvou-a e ainda conseguiu salvar o pai da jovem, mas já nada conseguiu fazer pela vizinha. A mulher foi engolida pelas ondas. Eram 12.45 horas. No local, a lancha salva-vidas do Instituto de Socorros a Náufragos (ISN) e uma mota de água iniciaram as buscas. A jovem e o pai foram transportados pelos Bombeiros de Vila do Conde ao hospital. Ambos estavam em choque, mas sem ferimentos de maior. O corpo foi encontrado uma hora mais tarde na praia da Salgueira, cerca de 500 metros a sul. O óbito foi declarado às 13.57 horas.

Faltam nadadores Nesta sexta-feira - o primeiro dia da época balnear a Norte -, Carlos Ferreira, de Os Delfins, não tinha mãos a medir: na Póvoa uma tragédia, em Matosinhos um salvamento com sucesso, junto ao edifício Transparente, na Azurara mais duas pessoas retiradas da água. O presidente de Os Delfins" lamenta a falta de pessoal, que leva a que a época balnear tenha aberto com um grande número de praias sem vigilância e teme que, num fim de semana de muito calor e mar perigoso, a tragédia se repita: "É a falência total do sistema! Espero que o governo olhe para esta realidade com outros olhos. É preciso criar incentivos para os nadadores e rever o sistema de financiamento da vigilância das praias". Póvoa, Vila do Conde e Matosinhos só têm vigilância nas praias da zona urbana. A norte e a sul, o cenário repete-se. Cada vez há menos gente a querer ganhar 1200 euros por mês para trabalhar sete dias por semana, dez horas por dia, e abrir a época balnear tão cedo "só piorou". JN


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