Candidato PS Ricardo Costa falou para 300 nas Taipas


Cerca de 300 militantes do PS encerraram sábado, dia 16 de julho, no Parque de Lazer da Vila das Taipas, ao ar livre e com abertura à comunidade, a primeira parte da ronda de fóruns de debate das candidaturas de Ricardo Costa e Zara Pontes à Comissão Politica e à secção das Mulheres Socialistas de Guimarães, respetivamente.

Este encontro culminou dez outros, que durante o mês de julho se realizaram por todo o concelho, num crescendo de entusiasmo, participação cívica e vontade transformadora do PS de Guimarães.

Como nos outros fóruns, também nesta sessão de encerramento, no coração das Caldas das Taipas, os militantes puderam livremente tomar da palavra, descrevendo e propondo como o PS de Guimarães se pode tornar um partido mais capaz, atraente e aberto para as novas gerações e motivo de segurança para os mais velhos, apto a responder aos desafios cada vez mais complexos de uma democracia pressionada por tensões económicas, ambientais, politicas e culturais. Todos manifestando a vontade de ajudar a construir e reforçar um PS de Guimarães mais aberto e plural, não deixaram de dar conta das suas experiências de vida partidária mais recentes, em que se sentiram desencontrados de uma organização partidária que classificaram como “fechada”, “afastada dos militantes” e “incapaz de funcionar, na profundidade necessária, como o espaço de liberdade que devem ser os partidos políticos democráticos”.


Após as intervenções de vários militantes, entre os quais António Magalhães, que se pronunciou contra a política de “quem não sabe dizer não e também não sabe dizer sim” ou contra “a postura de subserviência” de alguns, foi a vez de intervirem Conceição Castro (mandatária de Zara Pontes) e Raúl Rocha (mandatário de Ricardo Costa), ambos assinalando o momento de viragem que se está a viver no PS de Guimarães, para uma forma mais ousada e determinada de fazer política.

Conceição Castro, ex-Presidente de Junta de Aldão, pôs a ênfase da sua intervenção nas qualidades políticas de Zara Pontes para coordenar as Mulheres Socialistas de Guimarães enquanto espaço de valorização da mulher e credibilização da política.

Por sua vez, Raúl Rocha, que no dia anterior, na Comissão Política Concelhia que procedeu à homenagem dos ex-presidentes das Comissões Políticas locais, tinha apresentado uma descrição sucinta da história do PS de Guimarães, vincou por um lado as qualidades pessoais de Ricardo Costa para liderar um projeto transformador do PS e de Guimarães, mas também a natureza coletiva da candidatura que lidera, envolvendo os melhores e os mais qualificados, sem olhar a origens sociais ou fações. Interpretando a candidatura de Sofia ferreira, considerou que esta “avançou com a liderança de uma candidatura para resistir e não para construir”, “apenas, e só, para resistir a uma onda inevitável. Que o Ricardo Costa seja o futuro Presidente da Câmara Municipal de Guimarães, a partir de 2025… pensaram e resolveram resistir. Só isso.” Por estas razões, Raúl Rocha apelou a Sofia Ferreira “que aceite um debate olhos nos olhos com o Ricardo para debater ideias, projetos, políticas para Guimarães e para o País. É assim em todos os partidos democráticos”, sem o que, referiu em jeito de pergunta: “como irá trabalhar para resolver os problemas dos vimaranenses, se se limita a elevar como única mais-valia da sua candidatura os apoios que diz que tem, mas que eles não disseram que deram, de A, B, C, D, ocultando as qualidades das suas propostas, se é que as tem?”.

Na sua intervenção, Zara Pontes assinalou, dirigindo-se à candidata opositora a Ricardo Costa, Sofia ferreira, que “quem não soube liderar as Mulheres Socialistas de Guimarães, fazendo a estrutura praticamente desaparecer, certamente não serve para assumir responsabilidades ainda maiores, como as da liderança do partido socialista em Guimarães”. Defendendo a necessidade de dar nova dignidade à política, referiu que “as escolhas, no PS de Guimarães, são dos militantes, no silêncio e solidão do seu voto, e não de mentes monarquistas que imaginam que o poder político se pode herdar de terceiros”. “Esta candidatura feminina, prosseguiu, identifica-se mais com animais audazes, ainda que silenciosos e subtis; preferimos ser mais águias do que papagaios, para não incorrer no risco de falarmos muito e voarmos baixo”.

Ricardo Costa, a encerrar, num discurso que começou por saudar as quase três centenas de militantes socialistas presentes, manifestou “a alegria que é ver esta massa humana de um PS vivo e feliz, a discutir politica num sábado à noite, num momento em que é preciso mostrar como a intervenção política e partidária são necessárias, afirmando a política como currículo e não como cadastro”.

Dirigindo-se à necessidade de revigorar a vida política local, garantiu que com ele “a sede do partido socialista passará a estar aberta todos os dias, tornando-se local de transparência e relação direta com os militantes e a comunidade”, recusando um partido de fechamento e de costas voltadas para os militantes e os cidadãos. Nesse sentido, declarou aceitar e desejar o repto que antes tinha sido lançado por Raúl Rocha, para um debate com Sofia Ferreira sobre o PS de Guimarães, “em qualquer momento, em qualquer lugar, porque um partido democrático não pode ter medo do debate, não só entre adversários mas também entre camaradas, antes devendo estar disponível para o escrutínio perante todos”.

Rejeitando ostensivamente a ideia de esta ser uma candidatura de individualidades, afirmou que “esta é uma candidatura coletiva, capaz de envolver todos, em função do seu mérito, do seu trabalho e da sua lealdade para com o partido, os princípios do socialismo democrático e o interesse público”.

“O que eu viso, declarou a encerrar a sua intervenção, é um partido socialista e um concelho de Guimarães capazes de responderem, como com António Magalhães e Domingos Bragança, às necessidades dos vimaranenses, aos desafios presentes e futuros da sociedade e da economia e às exigências de uma vida democrática coletiva verdadeiramente transformadora”.

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