Na despedida da companheira do líder do MRCV


O padre José Marques Machado fez esta manhã, no decorrer da Missa de Corpo Presente de Rosinha Campelos, uma analogia entre a companheira do lutador pela criação do Concelho de Vizela e a proclamação do Evangelho que narra o encontro de Jesus com Marta e Maria. 

O pároco de S. João salientou que Rosa Madureira da Costa, de 89 anos (na foto ddV ao lado do busto de Manuel Campelos), teve uma vida de luta muito idêntica à do saudoso seu marido o cidadão Honorário de Vizela, Manuel Campelos: "Sempre no bom sentido esta nossa irmã que nos deixa, era a sombra de um homem e cidadão que o País conhecia pela sua entrega a uma causa que terminou triunfal. Quantos momentos a D. Rosa não partilhou com o sr. Manuel Campelos, quantas horas e dias não ficou sem a sua companhia. Como Maria, de que nos fala o Evangelho de hoje, soube ouvir e como Marta trabalhou. Trabalhou pela mesma causa que o sr. Manuel Campelos afincadamente, partilhando com ele as alegrias e frustrações como é próprio dos líderes e dos que os acompanham" - disse o pároco de S. João no decorrer da Eucaristia cantada por Francisca Mendes.


Rui Campelos, filho do ex líder do Movimento para a Restauração do Concelho de Vizela, referiu no final do funeral que o Padre José Marques Machado fez um retrato fiel daquilo que foi a vivência da sua mãe com o saudoso lutador vizelense que durante quatro décadas liderou o MRCV.

"Minha mãe foi muitas vezes o porto de abrigo para as muitas desilusões que o meu pai sofreu na luta por Vizela. Mas tanto um como outro a seguir a uma desilusão política depressa ganhavam forças para passarem à fase seguinte e presseguirem".

Debaixo de um calor intenso, a urna com os restos mortais da eterna companheira de Manuel Campelos, desceu à terra no cemitério de S. João das Caldas para tristeza de todos os presentes, familiares e amigos.


EVANGELHO DO DIA

PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas (Lc 10,38-42)

Naquele tempo, Jesus entrou num povoado, e certa mulher, de nome Marta, recebeu-o em sua casa. Sua irmã, chamada Maria, sentou-se aos pés do Senhor, e escutava a sua palavra.

Marta, porém, estava ocupada com muitos afazeres. Ela aproximou-se e disse: “Senhor, não te importas que minha irmã me deixe sozinha, com todo o serviço? Manda que ela me venha ajudar!”

O Senhor, porém, lhe respondeu: “Marta, Marta! Tu te preocupas e andas agitada por muitas coisas. Porém, uma só coisa é necessária. Maria escolheu a melhor parte e esta não lhe será tirada”.

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