Chuva não chegou a meia missa


 Ontem à noite, por das 22 horas, a chuva, tão necessária, esteve de volta, pelo menos à Praça da República onde este pequeno vídeo foi gravado enquanto se faziam as últimas filas para as farturas e bifanas ao som do desmontar das barracas que durante as festas - que terminaram no dia anterior (ou no mesmo dia se considerarmos o lançamento do fogo de artifício que ocorreu por perto das duas horas da madrugada - tiveram o seu S. Miguel na freguesia do mesmo nome.

Se não fosse um eufemismo perturbador, diríamos que "a chuva foi sol de pouca dura", mas que soube bem ver o inimigo das labaredas mundanas e dos rios e ribeiros secos fazer esta visita, ainda que visita de médico, lá isso soube.

Alguém mais atento lembrou que a pouca precipitação seria muito significativa caso ocorresse na noite anterior quando as ruas centrais de Vizela, o nosso sambodromo, estava pejado de milhares, de pessoas, vendo o cortejo passar. Edições houve, pelo menos duas, em que a chuva veio a cântaros e o cortejo foi interrompido ou desmembrado por culpa, naturalmente, do manda-chuva. Passou o dito a correr sem tempo para alguns enfadonhos vais-e-vens, demasiado repetitivos de alguns intervenientes que não andam nem deixam andar o cortejo obrigando-o a monótonas paragens.

A chuva faz falta. Está prometida para os próximos dias, mas de promessas está o inferno cheio, como um inferno se torna este País em cada verão onde nem os parques naturais escapam a fogos-postos por mentecaptos que os juizes costumam repreender verbalmente com pequeno sermão antes de os mandar embora na paz do Senhor. 

Razão teve aquele novo-rico que disse: "Portugal está um caos, vou sair do País, vou para o Algarve."

Boas férias para todos. 




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