Sociedade Filarmónica Vizelense presidida por José Armando Branco evocou aniversário 143 com homenagens ao ex dirigente José Carlos Sousa (postumamente) e ao músico Guilherme Vieira por 50 anos de ligação à Banda.
O maestro José Manuel Marques dirigiu concerto que lotou o anfiteatro desta instituição.
O Presidente José Armando vincou que a Sociedade Filarmónica Vizelense está no bom caminho e tem muitos anos pela frente.
A construção de um auditório é o objetivo futuro da Sociedade Filarmónica Vizelense.
Ex.mo Sr. Presidente da Câmara Municipal de Vizela, Dr. Victor Hugo Salgado.
Exmas Senhoras e Senhores Vereadores.
Ex.mo Sr. Mário José Oliveira, digníssimo presidente da Assembleia geral da Sociedade Filarmónica Vizelense
Ex.mo Sr. António Joaquim Ribeiro da Costa, presidente do Conselho Fiscal;
Exmo maestro José Manuel Marques
Restantes membros dos órgãos sociais, músicos e professores da Academia de Música, ilustres convidados, minhas senhoras e meus senhores.
A Sociedade Filarmónica Vizelense vive hoje um dia alto da sua história.
Ao longo da seu historial de 143 anos de vida, desde que o insigne médico vizelense, Dr. Abílio Torres encabeçou uma comissão para dar vida à Filarmónica Vizelense, esta instituição passou por momentos marcantes que lhe deram a sustentação e robustez que fazem dela ainda hoje um dos baluartes do concelho de Vizela.
Numa sentida prece dirigida aos céus honro todos aqueles que por aqui passaram ao longo deste quase século e meio de atividade e que, de uma forma ou de outra, deixaram a sua indelével marca de bons filhos desta Terra de Vizela e grandes amigos desta instituição, fossem dirigentes, músicos, maestros, associados, colaboradores e bem feitores.
No programa deste aniversário decidiram os órgãos sociais por mim encabeçados prestar duas justas homenagens e distinções a dois homens cujo percurso pela Sociedade Filarmónica Vizelense jamais será olvidado da história:
O saudoso vice-presidente José Carlos Oliveira e Sousa, que de forma dolorosa e sentida nos deixou prematuramente com tanto para dar ainda às nossas vidas de seus amigos e às instituições que dedicadamente serviu com amor e paixão como foi o caso desta Filarmónica, merece eternamente o nosso apreço e saudade. Hoje e sempre iremos recorda-lo como um homem bom, um grande Vizelense e um dirigente do melhor que é possível encontrar. Na sua família aqui presente, esposa D. Manuela Coelho e Sousa, suas filhas, deixamos o nosso reconhecido abraço de saudade e gratidão naquele que a partir de hoje será SÓCIO DE MÉRITO da Sociedade Filarmónica Vizelense. Muito gostaríamos que esta distinção fosse promovida com o homenageado presente porém as vicissitudes da vida trairam a nossa intenção.
Zé Carlos, estejas onde estiveres, serás sempre um Amigo do peito que jamais esqueceremos e a quem a Sociedade Filarmónica Vizelense muito te deve.
Peço para o José Carlos Sousa nosso sócio de MÉRITO uma calorosa salva de palmas.
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Hoje prestamos também uma justa homenagem a um músico que bateu o recorde de anos de serviço à Sociedade Filarmónica Vizelense.
Guilherme Alves da Costa Vieira, nascido em Vizela a 21 de junho de 1961 ingressou na banda da Sociedade Filarmónica Vizelense em 1975 com 13 anos. Daí para cá a participação na Filarmónica Vizelense do filho do nosso saudoso maestro Costa Vieira não mais parou. E vai continuar.
Guilherme Vieira é um excelente executante de saxofone. Tem tido uma dedicação e entrega à nossa banda de uma forma extraordinária e cumpridora. Merece os parabéns de todos nós.
Os mais novos vêm nele um ídolo; o verdadeiro capitão de equipa e um amigo solidário, sempre alegre e animador.
Guilherme Vieira segue musicalmente os passos do seu saudoso pai e hoje já tem um descendente nesta banda que muito honra a sua família e a todos nós, o seu filho Eduardo Costa Vieira.
Estar 50 anos, meio século, de forma irrepreensível e dedicada integralmente numa instituição não está ao alcance de qualquer um e hoje não temos dúvidas em dizer que mais nenhum músico o conseguiu desde que as Filarmónica passaram a existir desde o século passado.
É, por isso, que com toda a justiça, admiração e reconhecimento, a Sociedade Filarmónica Vizelense atribui o título de SÓCIO DE MÉRITO A Guilherme Vieira.
Para ele vai uma grande salva de palmas.
Obrigado Guilherme por estares sempre connosco e no nosso coração.
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Gostaria ainda antes de fechar a minha intervenção dirigirindo uma palavra de apreço e gratidão ao Sr. Presidente da Câmara Municipal de Vizela pelo apoio que tem prestado à Sociedade Filarmónica Vizelense.
O Dr. Victor Hugo Salgado é um homem da cultura, é culto, e também um homem da Música. Tal como seu saudoso pai que foi músico de conjuntos pop de Vizela, o Dr. Victor Salgado também é um homem de relação afectiva com a música.
Foi do Sr. Presidente da Câmara que partiu a brilhante ideia da nossa banda acompanhar consagrados nomes da música portuguesa como Paulo de Carvalho, José Cid, Quinta do Bill, Agir, Pedro Abrunhosa, Mariza Liz, Luís Represas, Paco Bandeira, Olavo Bilac, Carolina Deslandes, Sofia Escobar entre outros.
Num ano em que se comemora os 150 anos do nascimento de Joaquim da Costa Chicória, imortal maestro que recebeu no primeiro dia deste mês um novo memorial no Parque das Termas e de cujas obras musicais a nossa Banda, sob a direcção do nosso maestro José Manuel Marques, tem na forja o quinto disco compacto com originais deste grande compositor...
gostaria de recorrer à reconhecida sensibilidade do Sr. Presidente da Câmara Municipal de Vizela para uma obra que esta instituição carece e que virá enobrecer os apaixonados da música para todo o sempre.
Dr. Victor Hugo Salgado, refiro me à construção, dentro destes muros, de um auditório de raiz Um auditório adaptado minuciosamente à sua missão de servir a música e servir Vizela.
Muito gostaríamos de ver inaugurada esta tão necessária infraestrutura musical no decorrer deste último mandato para o qual, muito provavelmente o Sr. Presidente Victor Hugo Salgado, será reeleito.
É importante salientar que 70 a 80 por cento dos músicos aqui formados seguem depois as suas carreiras em orquestras nacionais e internacionais pelo facto de Vizela não dispor de uma Orquestra Sinfónica.
Cremos que ao colmatar a ausência do auditório e a criação da Orquestra Sinfónica essa trajetória dos nossos jovens músicos levá-los-á a não querem abandonar a sua terra. Sr. Presidente da Câmara contamos com o seu apoio nesta primordial obra em prol da música e da cultura.
Resta me agradecer a presença de todos salientando a minha felicidade por presidir a tão distinta instituição de Vizela e uma das melhores de Portugal.
Viva a Sociedade Filarmónica Vizelense.
Viva Vizela.
JOSÉ ARMANDO BRANCO