CARTA - Calamidade de norte a sul deste país com estes incêndios a deflagrarem e parece que não existem meios de combate suficientes para que as gentes (povo) possam defender as suas casas e haveres, quintais, pasto, animais e floresta.
Quando se olha para este panorama, fica-se em estado de alarme e com muita tristeza.
Agora, vamos analisar realmente as coisas.
Em todos estes incêndios fala-se em falta de acessos e também na ajuda de MÁQUINAS DE ARRASTO para cortar as chamas e ajudar os bombeiros no combate direto.
Infelizmente isto não acontece somente neste pequeno país, espalha-se por todo o sul da Europa. Será que estamos cegos e não queremos ver?
As máquinas de arrasto são muito importantes, mas entre Janeiro e Abril.
Aí sim, poderão limpar os caminhos PUBLICOS no MONTE e até abrir outros que sejam importantes para PREVENIR e criar acessos.
Isto deveria ser feito em todo o país.
O investimento nesta prevenção com toda a certeza seria bem menor do que aquele que perdemos com os milhares de hectares ardidos.
Sou apicultor e tenho as minhas abelhinhas no concelho de Vizela e arredores.
Ainda este ano investi na limpeza de acessos aos meus apiários.
Em cerca de 600 metros de caminhos (públicos) paguei cerca de EUR 300,00.
Quantos caminhos PÚBLICOS temos neste nosso monte de S. Bento?
Há quatro anos com a minha carrinha conseguia nesses caminhos PÚBLICOS de S. Bento conduzir até à Porta de Ferro ou ao lugar de Boavista em Tagilde.
Agora, talvez nem um trator o consiga fazer…
Com tudo isto, fica muita desilusão da inoperância do poder público.
Isto é muito simples. Temos que trabalhar na prevenção.
Todos são responsáveis e sinceramente há que abrir os olhos e ver de frente as soluções simples e eficazes.
Tagilde, 14 de agosto de 2025
Carlos Rocha