Quem sucede ao vizelense Manuel Machado na AF Braga?


Miguel Azevedo e Pedro Sousa vão a votos este fim de semana para que os clubes filiados na Associação de Futebol de Braga escolham o seu novo líder e sucessor no cargo do vizelense Manuel Jesus de Ribeiro Machado (ex presidente do FC Vizela). 

A luta tem sido acesa entre um que é vice-presidente da Associação de Futebol de Braga, Miguel Azevedo e outro que já o foi, Pedro Sousa deputado do PS na Assembleia da República por Braga.

Um comunicado enviado hoje à nossa redação por Miguel Azevedo (esteve oficialmente em Vizela a última vez na inauguração do segundo relvado sintético do Centro Cultural e Desportivo de Santa Eulália) queixa se de ingerência nas eleições:

"Denúncia de Interferências Políticas no Processo Eleitoral da AF Braga

A lista A – Miguel Azevedo vem, por este meio, expressar a sua mais profunda preocupação e repúdio relativamente às interferências políticas que têm vindo a manchar o normal decurso do processo eleitoral da Associação de Futebol de Braga.

Nos últimos dias, assistimos a presidentes de câmara, vereadores, chefes de gabinete e assessores a tentar condicionar os nossos clubes, recorrendo ao pagamento de jantares e a promessas de apoios e benefícios futuros como moeda de troca para influenciar votos. Esta prática é inaceitável, fere gravemente os princípios da autonomia associativa e constitui um ataque direto à liberdade de decisão dos nossos clubes.

Este plano de ingerência foi orquestrado por um deputado da Assembleia da República, presidente da Concelhia do PS de Braga, candidato a vereador na Câmara Municipal de Braga e candidato à AF Braga que foi coadjuvado por outros políticos alguns diretamente envolvidos no chamado “processo Tutti Frutti”. Esta atuação é particularmente grave, porque associa práticas de condicionamento político a figuras que já estão a ser alvo de processos por alegadas redes de influência.

A ingerência dos políticos neste processo configura um perigoso regresso ao passado, a uma época em que os decisores políticos controlavam as instituições desportivas, minando a sua independência e instrumentalizando-as para fins alheios ao desporto. Este retrocesso é incompatível com os valores de transparência, meritocracia e democracia que devem nortear o futebol distrital.

Relembramos que as eleições da AF Braga são um momento crucial para a democracia desportiva e para a credibilidade das instituições que servem o futebol distrital. Esta tentativa de ingerência política, vinda de fora do contexto desportivo, é um atentado à autonomia da Associação e à vontade soberana dos seus filiados.

Apelamos a todos os clubes filiados que não se deixem pressionar ou condicionar. A Associação de Futebol de Braga é dos clubes e deve existir para servir o futebol, e não para ser utilizada como palanque político para fins que nada têm a ver com o desporto.



A Lista A – Miguel Azevedo não aceitará que o futuro do futebol de Braga seja decidido em gabinetes políticos ou por interesses alheios ao mérito desportivo e à vontade dos clubes. Estamos mobilizados para assegurar que a voz dos verdadeiros protagonistas – os clubes, dirigentes, atletas e treinadores – seja ouvida e respeitada. O futebol distrital merece eleições livres, justas e transparentes.

Pela candidatura

"Juntos pelos Clubes, Unidos pelo Futebol"


 

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