Comunicado da JSD de Vizela (resposta à JS)

 


COMUNICADO DA JSD VIZELA

ESCLARECER, CORRIGIR E INFORMAR: PRIMEIRO OS FACTOS, DEPOIS AS NARRATIVAS

A JS Vizela publicou recentemente um comunicado onde demonstra, mais uma vez, a mesma dificuldade que VHS revelou: não compreender uma sátira e aceitar a liberdade de expressão.

VHS diz que a JSD quis “ridicularizar a Rainha Vizela”. A JS afirma que fizemos “utilização jocosa da figura de António Guterres”. Conversem. A coerência interna é um ótimo ponto de partida antes de se emitir comunicados.

Se a JSD estivesse obcecada com a JS, como insinuam, teria contactado a própria JS. 

Não o fez. Contactou sim a Câmara Municipal, agendou reunião com o vereador e procurou esclarecer o problema — e foi o próprio vereador a reconhecer que o atraso é significativo, de acordo com informação publicada no site oficial da autarquia.

Mas vamos por pontos:

1. Conselho Municipal da Juventude de Vizela (CMJV): factos, não ficções

A JS afirma que o regulamento prevê “novas tomadas de posse” após eleições legislativas(vamos assumir autárquicas, porque se considerarmos legislativas, ainda mais atrasados estamos). Falso.

O regulamento do CMJV não prevê tomada de posse após quaisquer eleições. Não liga qualquer tomada de posse à da Assembleia Municipal. Não define sequer um procedimento formal de tomada de posse. Nem tampouco define a duração do mandato de cada membro; o que seria impossível, dados os diferentes ciclos eleitorais das estruturas juvenis representadas no CMJV.

O que o regulamento diz é claro: devem ser realizados 4 plenários por ano, e até à data de hoje (21 de novembro) realizou-se apenas um. Contudo, sabemos que agora estão prometidos dois. Como disse Guterres, é só fazer as contas. Resta-nos questionar o que correu mal: faltou tempo? Ou estavam demasiado ocupados… em campanha?

A JS fala em “espaço de participação”. Sim, claro: uma participação por ano. Em abril. Se isto é “dinâmico”, o que será estagnado?

2. Sobre o OPJ 2025: um processo atrasado

A JS tenta transformar o atraso do OPJ 2025 numa polémica artificial, desvalorizando-a numa tentativa de escudar o executivo municipal. Mas para que não restem dúvidas, as propostas apresentadas no OPJ Vizela 2025 foram à votação entre os dias 16 de maio e 15 de junho. E, segundo a página oficial da Câmara Municipal de Vizela, já todos deveríamos conhecer a proposta vencedora há cerca de 5 meses.

propostas apresentadas no OPJ Vizela 2025 foram à votação entre os dias 16 de maio e 15 de junho. E, segundo a página oficial da Câmara Municipal de Vizela, já todos deveríamos conhecer a proposta vencedora há cerca de 5 meses.

Contudo, nem os candidatos ao OPJ 2025 receberam qualquer informação ou justificação sobre os atrasos em todo o processo. E a primeira etapa de transparência deveria ser feita junto dos jovens que apresentaram propostas — e isso nunca aconteceu.

Acresce ainda que, quanto à alegada não pronúncia sobre as propostas por parte do presidente da JSD — acusação feita pelo presidente da JS —, importa esclarecer a verdade. No email enviado para pedir parecer, não foi possível responder por escrito, uma vez que as propostas apresentadas não continham o valor associado a cada uma. 

Em contacto direto com um dos técnicos da Juventude, esta preocupação foi claramente transmitida: não é a mesma coisa gastar 30 mil euros numa bicicleta ou gastar 30 mil euros em 100 bicicletas e por isso apenas iria responder apenas após ter os orçamentos, pois o presidente da JSD achou que o orçamento também faz parte da proposta. Desde esse contacto, nunca mais houve qualquer tentativa da Câmara Municipal de Vizela de esclarecer, corrigir ou atualizar as propostas com os respetivos valores, nem de justificar qualquer alteração ao calendário inicialmente previsto.

Fica, no mínimo, curioso que o presidente da JS saiba que não houve resposta por escrito — mas desconheça que houve resposta, sim, e que ficámos a aguardar a retificação que nunca chegou. Talvez, junto dassuasfontes, tenha faltado confirmar esse pequeno detalhe.

A JS cita falsos regulamentos, tenta deturpar a mensagem da JSD Vizela, mas esquecese do mais importante: respeitar quem dedicou do seu tempo e participou no OPJ Vizela 2025.

3. Sobre a tentativa de debates:

O líder da JS afirma que tentou criar debates junto da Rádio Vizela. Assumindo à priori que tal foi em vão, dado que nunca chegou à JSD qualquer convite — nem da Rádio Vizela, nem da JS — queremos afirmar que estamos sempre disponíveis para debater o que mais interessa aos vizelenses, em especial aos jovens.

Logo, usar a ausência de debates como arma é uma ironia involuntária.

Para concluir:

A JS Vizela tem todo o direito a defender as suas posições — mas não pode ser escudo político da Câmara Municipal. Nas críticas e na defesa apressada do executivo, isso tem ficado cada vez mais evidente.

A JSD Vizela continuará a fazer aquilo que sempre fez: informar, fiscalizar e questionar quando há atrasos, incoerências ou falta de transparência. Sem dramatismos. Sem comunicados inflamados para proteger terceiros. Sem inventar tomadas de posse que não existem.

A JSD Vizela está, como sempre esteve, disponível para debater políticas de juventude.

Primeiro os factos, depois a opinião. 

JSD Vizela

João Martins


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