Em novembro o coração de Guimarães volta a bater ao ritmo do jazz


Entre 07 e 16 de novembro, Guimarães volta a ser a capital do jazz. Prosseguindo numa linha de continuidade daqueles que são os seus traços identitários fundamentais, a edição de 2013 do Guimarães Jazz propõe uma sequência de concertos com músicos e formações de pertinência artística incontestável e um conjunto de atividades paralelas (workshops, jam sessions, parceria TOAP/Guimarães Jazz) que reafirmam a sua vocação formativa de jovens instrumentistas e de novos públicos, bem como o seu papel enquanto plataforma geradora de espaço de crescimento e visibilidade dos novos valores do jazz português.


O programa do festival revela um alinhamento de grandes concertos que se destaca pelo seu equilíbrio. Este equilíbrio manifesta-se, em primeiro lugar, na diversidade das propostas estéticas e estilísticas que nele se encontram – entre o classicismo de um jazz mais vinculado à tradição de Ron Carter e Martial Solal, a intenção de cruzamento e confluência do idioma jazzístico com sonoridades de outras latitudes geográficas e musicais de David Sanchez e Chano Domínguez, e também o jazz mais sincrético, feito da incorporação de elementos e linguagens mais próximos da contemporaneidade, expressado por músicos como Andrew D’Angelo e Don Byron. Por outro lado, os projetos programados permitem um olhar amplo sobre as possibilidades de exploração em palco e em performance da música dos compositores e do som dos seus instrumentistas, pelo que nele se encontram ensembles grandes a par com as formações mais pequenas e habituais no jazz. O terceiro nível de equilíbrio prende-se com a ponderação calculada de simetria entre os nomes que repetem a presença no Guimarães Jazz após muitos anos de ausência, mas que regressam em contextos de reconhecimento crítico muito distintos (caso de Chano Domínguez) ou em formações que exploram outras dimensões relevantes das suas obras (caso de Martial Solal, que atuou pela primeira vez como solista e que surge agora com a sua New Decaband) e, por outro lado, os músicos que se estreiam no festival – casos de John Abercrombie, Jack DeJohnette, Kenny Werner e David Sanchez.



O Guimarães Jazz reafirma, nesta edição, a sua vocação principal de divulgador do jazz, da sua história e do seu presente, a partir de critérios firmes e inegociáveis de qualidade artística dos projetos selecionados. No alinhamento desenha-se um olhar sobre a música contemporânea, atento às ruturas de rotina e às características de dispersão e contaminação entre géneros que são os elementos centrais da música da atualidade. Não procedendo a categorizações estéticas excessivamente rígidas e sem fazer cedências nem exclusões, o festival projeta um ponto de equilíbrio entre a memória e a modernidade, entre os centros musicais e as suas periferias, tendo como único horizonte a fruição livre da música por parte do seu público.



Os bilhetes já se encontram à venda nos locais habituais: bilheteira do Centro Cultural Vila Flor e da Plataforma das Artes e da Criatividade, Lojas Fnac, El Corte Inglés, entidades aderentes da Bilheteira Online, e via online em www.ccvf.pt, www.facebook.com/GUICUL e oficina.bilheteiraonline.pt.

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