Joaquim Ribeiro dirige orquestra no Centro Cultural de Belém

Maestro vizelense JOAQUIM RIBEIRO vai  apresentar a Sinfonia 1 e o Rondó para Piano e Orquestra de Beethoven no Grande Auditório do CCB, com a Orquestra Melleo Harmonia. O concerto está marcado para o dia 25 de abril, sábado, pelas 16 horas.

Ficha artística:
Melleo Harmonia
Direção musical Joaquim Ribeiro
Piano Marta Menezes

Programa:
L. v. Beethoven
Rondó para Piano e Orquestra em Si bemol maior, WoO 6
Sinfonia n.º 1 em Dó maior, op. 21
1. Adagio molto – Allegro con brio
2. Andante cantabile con moto
3. Minuet. Allegro molto e vivace – Trio
4. Finale. Adagio – Allegro molto e vivace

Promotor
FUNDAÇÃO CENTRO CULTURAL DE BELÉM


Descrição

Pensar nas obras de Beethoven implica inevitavelmente uma reflexão, não apenas sobre a qualidade intrínseca das mesmas, mas igualmente sobre o percurso histórico da sua interpretação.
Se durante os anos 1970 era comum à maioria das orquestras uma postura interpretativa à la mode de Wagner ou Strauss, com a emergência de maestros como Abbado ou Kleiber, a sonoridade beethoveniana ganhou independência e uma definitiva individualidade. A partir desse momento, as obras de Beethoven deixaram de ser clássicas ou românticas, para serem simplesmente «Beethoven».
De realçar que Beethoven assumiu a música como meio privilegiado de veiculação das suas ideias, intensificando-se esta posição nas obras instrumentais, onde podia expressar-se quase revolucionariamente sem se comprometer com a palavra.
Este raciocínio mantém-se mesmo quando estamos perante a execução de obras de juventude ou de início de maturidade, como é o caso do Rondó para Piano e Orquestra (1793) e a Primeira Sinfonia (1800).
Muito embora seja incontornável em ambas a influência da escola vienense, é perfeitamente possível sentir já os ingredientes de uma personalidade única, cujo desenvolvimento futuro ditaria, como sabemos, o desenvolvimento de um espírito romântico, que dominaria quase na totalidade o século XIX.
Jenny Silvestre


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JOAQUIM RIBEIRO MÚSICO
 Joaquim Ribeiro, natural de Vizela, iniciou os estudos musicais com o seu pai aos 6 anos e, posteriormente, ingressou na Banda Sinfónica da GNR e no Conservatório Nacional de Lisboa, onde concluiria o curso complementar de Clarinete. Prosseguiu os estudos na Escola Superior de Música de Lisboa (ESML), obtendo o diploma de licenciatura com as mais altas classificações. Completou ainda a sua formação artística frequentando diversas classes de aperfeiçoamento em Clarinete com António Saiote, Guy Deplus, David Campbel, Walter Boykens, e Direcção Coral e Técnica Vocal com Edgar Saramago, Lúcia Lemos e Vianey da Cruz. De 2002 a 2004 estudou Direcção de Orquestra com Jean Sebastien Berreau no conservatório de música J. P. Rameau de Dijon - França, obtendo os certificados CEFM e DEM, com as respectivas classificações de Très Bien (Muito Bom) e Médaille de L'argent (Medalha de Prata).

Galardoado em diversos concursos, destacam-se os seguintes: 1º Prémio do Concurso Nacional da J.M.P., 1º Prémio «Jovens Músicos», 2º Prémio no concurso de clarinete de Setúbal. Com o Quarteto de Clarinetes de Lisboa foi premiado nos concursos «Prémio Cultura e Desenvolvimento», Prémio «Jovens Músicos» e Prémio «Artes e Ideias».
Foi em 1988, 89 e 90 seleccionado em provas internacionais a participar como solista no estágio da Orquestra de Jovens do Mediterrâneo em França, e em 91 seleccionado a participar no estágio da Orquestra Sinfónica de Jovens da Comunidade Europeia no Luxemburgo. Desempenhou durante 3 anos o cargo de Maestro do Coro da Sociedade Euterpe Alhandrense.
A sua fama como clarinetista proporcionou-lhe a dedicação de várias obras escritas por vários compositores, a realização de concertos com várias formações de câmara nos mais importantes festivais de música nacionais e internacionais, gravações para a rádio e TV, a colaboração em vários CDs, o convite a ministrar "Master Classes" no continente, ilhas e Espanha, bem como a actuação a solo com a Banda Sinfónica da GNR e com as orquestras da RDP, Sinfónica Juvenil, de Câmara de Aveiro, Sinfonieta e Sinfónica Portuguesa.
As suas actuações a solo têm merecido da imprensa as mais elogiosas críticas, destacando-se as seguintes: "Clarinetista de sonoridade ampla, firme e de excelente técnica" (Diário Popular, 17/08/88 - Maria Helena de Freitas); "Uma interpretação sempre exemplarmente" (Diário de Noticias, 13/06/89 - José Pedro Blanc); "Clarinetista de enorme talento, de carreira notável, um dos melhores do País" (N. de V. 07/92 - M. M. Guerra); "Clarinetista de excelente técnica, grande intensidade interpretativa, de som aveludado, simplesmente perfeito" (Público, 21/05/01- Teresa Cascudo).
Ao longo da sua carreira fez-se ouvir sob a direcção de Carlo Maria Giulini, Jean Sebastien Berreau, Mstislav Rostropovich, Lukas Foss, George Hurst, Michel Tabachnik, Alain Lonbard, Arturo Tamayo, Michael Zilm, Wolfgang Rennert, Michel Plasson, entre outros com os mais prestigiados elogios. A sua actividade musical levou-o a apresentações em Macau, França, Inglaterra, Itália, Holanda, Suiça, Dinamarca, Luxemburgo, Alemanha, Espanha.

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