Pedro Nuno Santos sai de cena para não estorvar o PS
Partido terá eleições internas perante uma das maiores derrotas eleitorais. “Estarei cá para dizer o que penso”, disse secretário-geral.
Pedro Nuno Santos afirmou, este domingo, que deixará de ser líder do Partido Socialista "a partir do momento em que puder". "O PS deve tomar as decisões que deve entender, sem estar condicionado pela minha liderança", justificou o socialista.
Estas são as notícias da noite eleitoral de ontem avançadas pelo JN e CM.
Pedro Nuno Santos deixa o partido depois duma derrota estrondosa que contribuiu para pintar o país de cor de laranja com uma grande vitória da AD.
Saiu caro a Pedro Nuno não ter levado o seu partido a abster-se na moção de confiança ao anterior Governo.
Quanto a Vizela, o único concelho do Minho com vitória socialista, Pedro Nuno, apesar da vitória local, também não deixou de ser penalizado face à posição que muitos socialistas vizelenses consideraram "precipitada" sobre Victor Hugo Salgado obrigando o autarca de Vizela a abdicar da liderança da Federação Distrital de Braga do Partido Socialista e negando lhe o apoio nas eleições autárquicas. Sem uma liderança firme na Federação ficou à frente dos olhos de todos que o PS distrital andou à deriva nesta campanha eleitoral. Passou de 6 para 5 deputados eleitos.
O futuro passa agora pela nova liderança do secretariado nacional do PS pois um empate eleitoral com o Chega nem as piores ou melhores sondagens o previam.Pedro Nuno alertou para os "perigosos avanços da extrema direita que deve ser combatida nas palavras e nas ações".
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AD SAI REFORÇADA
AD sai reforçada mas fica nas mãos do Chega. PS muda de líder após razia da Esquerda
O país assistiu a umas eleições sem precedentes, em que a Esquerda saiu arrasada e Pedro Nuno Santos anunciou que deixa a liderança socialista. O PS ficou empatado nos 58 deputados com o Chega, que poderá consagrar-se como segunda força do Parlamento se voltar a ter vantagem na hora de somar os círculos da emigração. André Ventura já reclamou este título e fará a vida difícil à AD após Luís Montenegro ter reforçado a votação, mas longe da maioria necessária, mesmo com a IL. Já o líder socialista vai pedir eleições diretas para “não ser um estorvo” ao PS e a um hipotético cenário de bloco central. Também o BE assumiu a pesada derrota e só o Livre contrariou o descalabro.
A Aliança Democrática reforçou, neste domingo, a força no Parlamento, alcançando 32,1% dos votos e um total de 89 deputados. PS e Chega conseguem 58 deputados, seguidos pela IL com nove. O Livre conseguiu seis e a CDU três. BE, PAN e JPP elegem um deputado cada. Pedro Nuno Santos demitiu-se da liderança do PS.