O VALE DO VIZELA EM 1998


A sub-região do Vale do Vizela é uma unidade geográfica de fronteiras naturais constituída por dezoito freguesias, situada na convergência das províncias do Minho com o Douro Litoral.
Tem como polo o Município de Vizela, criado pela Lei n° 63/98 que é composto pelas freguesias de S. João, S. Miguel, Infias, Tagilde e S. Paio (ex-concelho de Guimarães) Santo Adrião (ex-concelho de Felgueiras) e Santa Eulália (ex-concelho de Lousada). Tem a superfície de 23.920 Krn2, 16.460 eleitores e aproximadamente 22.000 habitantes.

Dista 10 Km da cidade de Guimarães, berço da nacionalidade, 30 Km de Braga, sede de distrito e a 45 Krn da cidade do Porto. A região de Vizela é atravessada pelo rio do mesmo nome, com 40 Km de percurso, principal afluente do rio Ave. O solo é constituído por granitos e terrenos xistosos e coberto por vegetação herbácea e arbustiva, com predominância do eucalipto e pinheiro bravo, e com água em abundância.

Climatéricamente tem uma estação seca e outra húmida, esta última com forte pluviosidade entre o Novembro e Março. As temperaturas de verão são por vezes superiores a 30°c , com valores bastante baixos no inverno. A média anual situa-se à roda dos 15°c. O maior relevo da área é o do monte de S. Bento com uma altitude de 410 metros.

Vizela tem uma história com raízes muito profundas, que vão para além da própria nacionalidade. Por aqui passaram antigos povos, como Suevos e Visigodos. Foram no entanto os Romanos que deixaram os maiores vestígios ao aproveitarem as águas sulfurosas que brotam da terra à roda dos 60°c, com elas construindo os primeiros "banhos " que mais tarde dariam lugar às Termas de Vizela.

O actual balneário termal foi inaugurado no inicio de século XX e da sua actividade resultou o primeiro grande desenvolvimento da localidade, imprimido pela junção de indústrias acessórias, tais como hotéis, restaurantes, hospedarias, confeitarias e cafés, bem como de dois casinos com sala de jogo e de festas. Por essa altura, outros atractivos turísticos vieram a contribuir para uma grande procura quer por padecentes quer por simples visitantes, que lhe conferiram o titulo de Rainha das Termas de Portugal.

Num século de tão grandes transformações, Vizela foi, depois, palco da instalação da indústria dos têxteis, através da construção de várias fábricas, geralmente nas margens do rio, para aproveitamento da sua força motriz.

Presentemente é ainda a indústria de têxteis, agora complementada com a componente de confecções, bem como a de calçado, a que se veio juntar o sector terciário em desenvolvimento, que formam as estruturas de primeira linha da vida económica da sub-região de Vizela. O actual aumento da procura das Termas e o relançamento do Turismo são também factores importantes da grande expansão que ora se regista em toda a área do Município de Vizela.

Em Junho de 2001 foram divulgados os resultados preliminares do Recenseamento Geral da População (Censos 200l),dando conta, por regiões do País das principais variáveis observadas pelo estudo estatístico.

A Região Norte ascende a cerca de 3.680 milhares de indivíduos, traduzindo um crescimento de quase 208 mil indivíduos (+0,6% ) face ao Recenseamento de 1991. Cerca de três quintos deste acréscimo populacional é explicado pelo saldo natural acumulado no período entre os dois censos, cabendo ao saldo migratório a responsabilidade pelos restantes dois quintos da expansão demográfica no Norte. Assim a hierarquia das sub-regiões mais populosas do Norte não se alterou face a 1991.

Há a sublinhar que as sub-regiões do Cávado, do Ave, seguidas do grande Porto observam durante a década saldos naturais e migratórios positivos. sendo que o Ave está entre sub-regiões onde o saldo natural. expresso em percentagem da população residente de 1991, mais impulsionou o crescimento demográfico.
Famílias cresceram mas são cada vez mais pequenas.

O número de famílias residentes na região Norte aumentou no espaço de uma década. Este crescimento é muito superior ao da população, resultando numa diminuição da dimensão média das famílias a qual passou de 3,4 para 3,0 indivíduos. A queda na dimensão média das famílias também se faz, sentir em todas as sub-regiões do Norte. Por exemplo, Vizela tinha há dez anos 5.214 famílias sendo que agora apresenta 6.788 agregados familiares, o que corresponde a uma variação de 30,2%.

Saber até que ponto esta menor dimensão familiar resulta de opções nesse sentido assumidas pelos residentes no seu planeamento familiar ou, pelo contrário. resulta de uma maior incidência de situações ligadas ao envelhecimento (idosos a viverem sozinhos), é algo que, segundo o INE. não é possível afirmar com os dados agora disponibilizados.

Também o número de alojamentos familiares cresceu um pouco por todo a região norte, tendendo a superar o das famílias, embora sem grande diferença. Por exemplo o concelho de Vizela dispunha há dez anos de 4.404 edifícios e 5.874 alojamentos, apresentando uma média de alojamento por edifício de 1,3. Já em 2001 o número de alojamentos subiu para 5.152 edifícios e 7.443 alojamentos o que perfaz uma média de alojamentos por edifício de 1,4.

(Resenha do CDS-PP com o apoio da Câmara Municipal de Vizela e do Notícias de Vizela.

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