Pedro Nuno Santos apontado de ter dois pesos e duas medidas sobre violência doméstica


Pedro Nuno Santos deixou cair o seu amigo pessoal Victor Hugo Salgado à primeira suspeita de violência doméstica. Entretanto, na lista do PS do Porto às próximas eleições, há um candidato a deputado, que foi indiciado por violência doméstica. 

O site PACOSLOOK escreve um interessante artigo sobre "esta dualidade de critérios" do secretário-geral do Partido Socialista, até porque Victor Hugo Salgado nem sequer passou de suspeito: 

Escreve o autor Arnaldo Meireles:

"Reacções diferentes perante igual acusação

O lider do PS da distrital de Braga apresentou a demissão ao secretário geral do PS, mas o líder da concelhia do PS de Paços de Ferreira e candidato a deputado não apresentou a demissão da concelhia nem da lista de candidatura (à Assembleia da República) já entregue oficialmente.

(...)

Por razões de marketing político optou o líder do PS em sublinhar que “não é como Montenegro” defendendo que o candidato da AD não tem “qualidades” éticas para se candidatar a Primeiro-Ministro.

No decorrer da pré-campanha, entretanto, e enquanto acelerava a discussão a nível nacional, rebentou a notícia de um caso de “violência doméstica” envolvendo o presidente da distrital de Braga do PS e também presidente da Câmara Municipal de Vizela. E, perante isso, pronunciou-se o líder do PS convidando Vitor Salgado a “demitir-se” dos cargos no partido e informando-o que não “teria o apoio do PS” nas eleições autárquicas de 2025.

A decisão de Pedro Nuno Santos foi rápida e correspondeu ao exigível não tendo havido contestação à mesma com leve excepção em Vizela por razões facilmente entendíveis.

Em Paços de Ferreira

Esquecido na gaveta e na memória dos jornalistas estava o processo de violência doméstica que decorreu em Paços de Ferreira e que envolveu o presidente da Câmara e agora candidato a deputado pelo PS, Humberto Brito.

Recolocado na linha da atualidade, a distrital do PS do Porto tomou conhecimento do processo NUIPCº148/21.8T9PFR que correu termos no Juízo Local Criminal de Paços de Ferreira, tendo sido já realizado julgamento.

Também a direcção nacional do PS recebeu a mesma informação tal como relevantes deputados que lamentaram a falta de escrutíneo prévio sobre candidatos que com o seu comportamento acabarão por colocar em causa a imagem do partido e sobretudo a história do PS na defesa e promoção das mulheres em Portugal.

Reacções diferentes perante igual acusação

O lider do PS da distrital de Braga apresentou a demissão ao secretário geral do PS, mas o líder da concelhia do PS de Paços de Ferreira e candidato a deputado não apresentou a demissão da concelhia nem da lista de candidatura já entregue oficialmente.

Não sendo previsível que esta segunda demissão venha a acontecer, resultará um problema para ser dirimido depois de 18 de maio, sobretudo quando o PS decidir oficialmente a candidatura em Vizela. E aqui responder e explicar a Vitor Salgado que a lei é geral e se aplica a todos nas mesmas circunstâncias! com o caso de Paços de Ferreira ainda em aberto.

O banho ético

Temos conhecimento que existem muitas preocupações do PS com estes e outros candidatos que acabaram por entrar nas listas de candidatos. O tempo dirá o que vai acontecer, embora não seja difícil entender o ambiente criado na futura bancada socialista no Parlamento com deputados que colocam em primeira linha os seus interesses em detrimento do Partido Socialista.

Por Arnaldo Meireles

(Continua)

Ler aqui artigo completo

...

HUMBERTO NEGA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA 

(Notícia Porto Canal 02/fev/2023)

O presidente da Câmara Municipal de Paços de Ferreira vai a julgamento por um caso de violência doméstica. O juiz de instrução, após verificação do caso, decidiu haver indícios suficientes para levar Humberto Brito a tribunal por agressão contra a ex-mulher, de quem se divorciou em 2019.

Inicialmente, o Ministério Público tinha decidido arquivar o inquérito, mas a decisão foi revertida na fase de instrução do caso. Ao Jornal de Notícias, Humberto Brito nega "qualquer comportamento inadequado" e promete que vai combater "todas as afirmações falsas e difamatórias".

O autarca de Paços de Ferreira vai recorrer do despacho de pronúncia e acusa a antiga companheira de “vingança” por causa do divórcio e de avançar para tribunal para “obter vantagens no processo de partilhas”.


Ler Correio da Manhã 


Partilhar